Capítulo 7

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No silêncio, Sam levantou lentamente da cadeira dela e saiu do quarto, fechando gentilmente a porta.
Idiota, ela pensou. Você é tão idiota. Por que você tem que tratá-lo do mesmo jeito que a mamãe trata você?
Ela deitou novamente, olhando para o teto. Ela entendeu que havia outra razão pela qual ela havia explodido. Ele havia interrompido os pensamentos dela, e ele o havia feito justamente quando eles estavam ficando piores. Um pensamento ruim havia cruzado pela sua mente, e ele a havia interrompido antes que ela tivesse uma chance de resolvê-lo.
O ex-namorado da sua mãe. Três meses atrás. Tinha sido a única vez que a mãe dela realmente parecia feliz. Frank, 50 anos. Baixinho, musculoso, perdendo cabelo. Robusto como um touro. Com cheiro de colônia barata. Ela tinha 16 anos.
Ela estava de pé na pequena lavanderia, dobrando suas roupas, quando Frank apareceu na porta. Ele era nojento, estava sempre olhando para ela. Ele se abaixou e pegou uma das calcinhas dela, e ela podia sentir suas bochechas corarem por vergonha e raiva. Ele a levantou e riu.
Você deixou cair, ele disse, rindo. Ela a puxou das mãos dele.
O que você quer? ela respondeu, irritada.
Isso é jeito de falar com o seu novo padrasto?
Ele avançou meio passo.
Você não é meu padrasto.
Mas eu vou serem breve.
Ela tentou voltar a dobrar suas roupas, mas ele avançou mais um passo. Perto demais. O coração dela pulava em seu peito.
Eu acho que está na hora de nos conhecermos um pouco melhor, ele havia dito, tirando o cinto da cintura. Você não acha?
Apavorada, ela tentou passar por ele e sair do pequeno cômodo, mas quando tentou, ele bloqueou sua passagem, a segurou com força e a jogou contra a parede.
Foi então que aquilo aconteceu.
Uma fúria a inundou. Uma fúria diferente de tudo o que ela havia experimentado. Ela sentiu seu corpo se aquecer, pegar fogo, dos dedos dos pés até o couro cabeludo. Quando ele se aproximou dela, ela pulou e o chutou, plantando os dois pés no meio do seu peito.
Apesar de ter um terço do tamanho dele, ele voou pela porta, quebrando a madeira das juntas, e continuou voando, 3 metros até o outro cômodo. Era como se uma bola de canhão o tivesse jogado pela casa.
Medson havia ficado parada lá, tremendo. Ela nunca tinha sido uma pessoa violenta, nunca tinha sequer dado um soco em alguém. Além disso, ela não era muito grande ou forte. Como ela tinha conseguido chutá-lo daquele jeito? Como ela tinha a força para fazer aquilo? Ela nunca tinha visto ninguém muito menos um homem adulto voar pelo ar, ou quebrar uma porta. De onde a força dela tinha vindo?
Ela caminhou até ele e parou ali.
Ele estava totalmente inconsciente, caído de costas. Ela se perguntou se havia o matado. Mas, naquele momento, com a raiva ainda dentro dela, ela não se importava. Ela estava mais preocupada consigo mesma, com quemou o quêela realmente era.
Ela nunca viu Frank novamente. Ele terminou o namoro com a mãe dela no dia seguinte, e nunca mais voltou. Sua mãe havia suspeitado que algo tivesse acontecido entre os dois, mas nunca disse nada. No entanto, ela culpou Medson pelo fim do namoro, por estragar o único momento de felicidade em sua vida. E ela não havia deixado de culpá-la desde então.
Medson voltou a olhar para o seu teto descascado, o coração batendo forte novamente. Ela pensou na raiva de hoje, e se perguntou se os dois episódios estavam ligados. Ela sempre havia acreditado que Frank tinha sido apenas um incidente estranho e isolado, alguma explosão estranha de força. Mas agora, ela se perguntava se aquilo era algo mais. Existia algum tipo de poder dentro dela? Ela era algum tipo de aberração?
Quem era ela?

Capítulo curto, me descupe, mas no próximo será bem melhor hihi
                                                                                                                                                                                                                                                    

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