Capítulo 10

7 1 0
                                        

Boa leitura a todos... voltei com os caps longos hihi
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
A porta do corredor abriu e um guarda trouxe mais três garotos, brigando e empurrando. Uma confusão começou na pequena área de espera, que estava completamente lotada. O sino tocou e, além das portas de vidro, ela podia ver o corredor se enchendo. Agora, havia confusão dentro e fora da sala.
Medson viu a sua chance. Quando a porta se abriu novamente, ela se escondeu atrás de outro garoto e saiu para o corredor.
Ela olhou rapidamente para trás, mas não viu ninguém. Ela passou rapidamente pela multidão de garotos, chegando ao outro lado e fazendo a curva. Ela olhou novamente: ainda não havia ninguém vindo.
Ela estava segura. Mesmo que os guardas percebessem sua ausência o que ela duvidava, já que não chegou a ser processadaela já estaria longe demais para alcançar. Ela caminhou ainda mais rápido pelo corredor, aumentando a distância entre eles, e foi em direção à cantina. Ela precisava encontrar Jonah. Ela tinha que saber se ele estava bem.
A cantina estava lotada, e ela caminhou rapidamente entre as fileiras, procurando por ele. Nada. Ela caminhou uma segunda vez, examinando cada mesa lentamente, e mesmo assim não conseguiu encontrá-lo.
Ela se arrependeu por não ter voltado para vê-lo, não ter verificado os ferimentos dele, não ter chamado uma ambulância. Ela se perguntou se ele estaria realmente machucado. Talvez estivesse no hospital. Talvez ele nem sequer voltasse para a escola.
Deprimida, ela pegou uma bandeja de comida e encontrou uma mesa com uma visão clara da porta. Ela sentou ali, mal comendo, e observou cada garoto que entrava, esperando por um sinal dele cada vez que a porta abria. Mas ele nunca veio.
O sino tocou e a cantina se esvaziou. Mesmo assim, ela continuou sentada lá, esperando.
Nada.

O último sino do dia tocou e Medson parou em frente ao seu armário. Ela olhou para a combinação impressa em um pequeno pedaço de papel em sua mão, girou o botão e puxou. Não funcionou. Ela tentou a combinação novamente. Desta vez, ele abriu.
Ela olhou para o armário vazio de metal. A parte interna da porta estava coberta com pichações. Fora isso, não havia   mais nada. Deprimente. Ela pensou em todas as suas outras escolas, em como ela corria para encontrar o seu armário, abri-lo, memorizar a combinação e cobrir a porta com fotos de garotos das revistas. Era a maneira dela ganhar um pouco de controle, de sentir-se em casa, de encontrar seu único cantinho na escola, de tornar algo familiar.
Mas em algum momento, a algumas escolas atrás, ela ficou menos entusiasmada. Ela começou a se perguntar para que fazer o esforço, já que era só uma questão de tempo até que ela tivesse que se mudar novamente. Ela começou a ficar cada vez mais lenta para decorar o seu armário.
Desta vez, ela não iria nem sequer começar. Ela fechou a porta com força.
Medson?
Ela pulou.
Parado ali, à 30 centímetros de distância, estava Jonah.
Ele usava grandes óculos de sol. Ela podia ver que a pele embaixo deles estava inchada.
Ela estava chocada em vê-lo ali. E feliz. Na verdade, ela estava surpresa com o quão feliz ela estava. Uma sensação quente e nervosa estava centrada em seu estômago. Ela sentiu sua garganta secar.
Haviam tantas coisas que ela queria perguntar a ele: se ele havia chegado bem em casa, se ele havia visto os agressores novamente, se ele a viu lá... Mas, por alguma razão, as palavras não conseguiam ir do seu cérebro para a sua boca.
Oi, foi tudo o que ela conseguiu dizer.
Ele ficou parado ali, olhando. Ele parecia não saber como começar.
Senti sua falta na aula hoje, ela disse, e imediatamente se arrependeu da sua escolha de palavras.
Burra. Você devia ter dito, Eu não vi você na aula. Senti falta soa como desespero.
Eu cheguei atrasado, ele disse.
Eu também, ela disse.
Ele se mexeu, parecendo desconfortável. Ela percebeu que a viola dele não estava ao seu lado. Então aquilo foi real. Não tinha sido apenas um pesadelo.
Você está bem? ela perguntou.
Ela apontou para os óculos dele.
Ele levantou a mão e os retirou lentamente.
Seu rosto estava roxo e inchado. Haviam cortes e curativos em sua testa e ao lado do seu olho.
Eu já estive melhor, ele disse. Ele parecia constrangido.
Meu Deus, ela disse, sentindo-se péssima com aquela visão. Ela sabia que deveria pelo menos se sentir feliz por tê-lo ajudado, por poupá-lo de mais danos. Mas, em vez disso, ela se sentiu mal por não ter chegado lá antes, por não ter voltado para ajudá-lo. Mas depois que... aquilo havia acontecido, tudo havia ficado embaçado. Ela não conseguia nem mesmo lembrar como havia chegado em casa. Eu sinto muito.
Você soube como aconteceu? ele perguntou.
Ele a observou atentamente, com seus olhos verdes brilhantes, e ela sentiu que ele a estava testando. Como se ele estivesse tentando fazê-la.......                                                                                                                                                                                                                                             
                                                                                 

TransformadaOnde histórias criam vida. Descubra agora