Carol
Estávamos sentados na cama do quarto de Thomas de frente um para o outro. Enrolados cada um com um cobertor. Depois de uma ducha revigorante juntos onde fizemos amor debaixo da mesma. Foi um dos momentos que com certeza eu jamais esquecerei! Estávamos agora, digamos que conversando civilizadamente.
Era tão incomum estarmos assim. Tão improvável que parecia até um sonho. Estávamos tentando um diálogo de conhecimento mutuo. Nessa meia hora de intervalo tinha descoberto pouca coisa a respeito dele só sabia que era um empresário de sucesso e que era amigo de trabalho de meu pai há pouco tempo. Que mora só em um apart. Localizado no centro de Londres e que amava muito a família. Tinha um amigo que sempre o tirava do sério.
O Jonas. Que é casado com uma tal de Rachel há um ano e meio. Juntando o que eu pesquei na brincadeira de mais cedo. Era pouco e relativamente frustrante, queria saber mais. Tinha vontade de perguntar tudo a respeito dele, porém sentia ele relutante quando tentava me aprofundar, por exemplo, na sua infância ou principalmente sua adolescência. Parecia que ele ficava tenso. O que será que houve nessa fase? Será que ele tinha passado por algo sério? Pensei entre aflita e curiosa.
Sempre que chegávamos nesse ponto ele me fazia uma pergunta. Já tinha descrito meu quarto pra ele. Já tinha revelado que tinha uma amiga que também me tirava do serio e que por coincidência também era filha única. Contei que quando tinha seis anos minha mãe tinha sido sequestrada e morta me salvando do mesmo destino. Porém, sem dar muitos detalhes, pois percebi que o tinha deixado tenso e nervoso com esse assunto.
Devia ser pela dramaticidade da situação. Sei lá... Não entendia o porquê de vê-lo tão nervoso. Brincando com a sua mão olhando em seus lindos olhos azuis. Perguntei:
–Qual é seu prato preferido? - bobagem perguntar isso, mas eu queria saber tudo. Olhando-me com o rosto agora mais relaxado me responde:
– Adoro comer. Sou grande por tanto gosto de comida que me satisfaça. Minha mãe sempre me chantageava. Pra me deixar quieto ela o preparava e eu ficava calminho. Riu de alguma lembrança completando com o nome do prato em seguida.
– Adoro carne. Massa. Não tenho um prato predileto.
Fiquei maravilhada com o que tinha acabado de ouvir. Ele havia divido comigo, mesmo que pouco, mas uma parte de sua infância. Mas fui tirada dos meus pensamentos por ele.
– E você Carol? Qual seu prato preferido? - perguntou com um sorriso de lado.
Parecia que ele estava se lembrando de algo. Estranho
–Amo rosbife! Mas troco fácil por geleia de amendoim e pãozinho doce. – respondi sorrindo tendo ele como companheiro.
– Thomas... Você está me devendo uma resposta! –disse de repente lembrando-me que ele me distraiu e não me respondeu.
– Vamos! Eu quero a resposta! Você já amou alguém?
–Carol eu tenho algo pra te revelar. Só te peço que me escute até o fim. É muito importante pra mim e, por favor, não tire conclusões precipitadas. - por essa eu não esperava! Deus será que ele era casado? Não! Lógico que não! Ele mesmo já tinha dito que não! Mas será que já fora? E que ainda amava a ex-esposa? Ah! Que aflição! Já estava imaginando coisa.
–Carol... Você está me ouvindo? Se vista acho que não podemos mais adiar essa conversa. –falou chamando minha atenção com expressão carregada de pesar.
Santo Deus! Acho que vinha bomba. Pensei alarmada.
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ICE- Capítulos de Degustação. Não completo.
RomancePostado como ICE 2014-2015 1ª Edição Copyright© Erika Alves.