Théo gostava de uma briga, evitava arrumar confusões, já que depois ele ouvia um monte dos pais, ali recebendo socos, não pensava na dor, pensava nos que os pais falariam, não pensava na dor, pensava em como ele estava reconhecido por eles, eles eram iguais.
- HEI MENINOS! O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?
Era a segurança do parque, os meninos que seguravam o Théo soltaram ele e ele caiu no chão, com a mesma agilidade em que seguraram ele, ajudaram o levantar quando viram que a segurança olhou para o menino no chão.- VOCÊS ESTÃO BATENDO EM UMA MENINA?
Tudo pareceu ficar muito silêncio, Théo sentiu a pele arrepiar, os meninos se afastaram um pouco dele e o encararam, o rosto dele queimava, a mente dele rodava.- Você é uma garota?
Perguntou um dos meninos com os olhos arregalados.
Théo passou as costas da mão no nariz para limpar o sangue que escorria, ele não ousava respirar, não tinha forças para falar.
- Era isso que eu estava tentando explicar.
Disse Kale e a voz dele feriu os ouvidos de Théo, ele não queria mais ouvir aquilo, não queria ouvir nada.- VOCÊS SÃO TODOS UNS BABACAS!
Gritou ele e pegou a bolsa do chão, olhou para o rosto de cada um e saiu correndo era isso o que ele poderia fazer, correu e os pulmões queimavam, talvez Kale tenha gritado algo, ele não queria saber, na verdade tinha medo, medo era tudo que ele tinha.Quando parou estava na frente da escola, os seus pés costumavam o levar para lá.
Observou o portão e a escola parecia vazia, algumas vezes as crianças arrombam o portão ou pulam o muro para jogar nas quadras futebol e as vezes handebol ou qualquer coisa assim.
Tudo estava silencioso, ele escalou o portão e pulou para o lado de dentro da escola, caminhou até o jardim da escola, silêncio era tudo o que ouvia, sentou entre as flores e ficou parado querendo confirmar que não tinha ninguém, ao lado das flores parecia não existir solidão, parecia que ali ele tinha companhia, alguém que não o julgava, algo que não o condenava, não existiam perguntas, seus pais reclamavam que ele vivia sujo de terra, hoje ele estaria sujo de terra e sangue, já que não tinha muitas esperanças de mesmo lavando o rosto na torneira que tinha no jardim, que ele conseguiria tirar o sangue da sua roupa, deitou nas flores, com o máximo de cuidado que conseguiu, fechou os olhos e viu o rosto do menino perguntando se ele era uma garota, então começou a chorar, chorou e como ele estava acostumado ninguém o viu, ele nem ao menos para esse mundo existia.(Aaaaaaaaaa, to mudando muito do rascunho original, espero que estejam gostando.)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Na magia
FanfictionUm garoto como qualquer outro que adora histórias de aventuras, descobre finalmente em uma escola além da sua própria imaginação que ele pode ser quem ele sempre sonhou. Para quem gosta do universo de Harry Potter, Na Magia tem base nas histórias d...