Depois de limparem o rosto e a cara melhorar, se trocaram e passaram o dia todo juntos. Aline pegou parte do dinheiro da herança deixada por seus avós e passeou com o Lucas por três dias. No primeiro, zoológico. No segundo, shopping e parque. E por fim, no terceiro, praia.
Ao fim do terceiro dia, Lucas disse:-- Mãe... Posso te contar uma coisa?
-- Claro, filho. O que foi?
-- Eu te amo muito, e quero você comigo sempre.
Os dois sorriram e se abraçaram. Seriam seus últimos dias juntos até que ela viajasse. Gustavo continuava achando uma péssima idéia viajar para a divisa entre o Pará e a Amazônia para estudar. Porque é longe, e também por causa de Lucas. Ela só poderia levar um acompanhante, e com certeza não seria seu filho. Ela levaria Gustavo, até porque seus amigos trabalham e não poderiam ir.
Ela estava arrumando as malas, até que Gustavo entra no quarto com suas 3 malas. Lucas entra em seguida, com lágrimas nos olhos. O pequeno passou as mãos pelos olhos marejados e disse:-- Mãe... Já não bastava você, o papai também vai?
Aline começa a ficar com seus olhos marejados, sem saber a resposta que daria ao seu filho, que chorava sem parar. Ela simplesmente o abraçou, e chorou também. Gustavo segurava suas lágrimas por trás de um olhar de pena, mas cedeu. E os três choraram. Choraram até seus rostos ficarem inchados. Ele não entenderia aquela situação facilmente, sempre foi grudado na mãe. Chegou o dia da despedida. Lucas abraçou sua mãe o caminho inteiro, não a soltava por nada. E nem soltaria, até quando pudesse. Todos foram ao aeroporto para se despedirem de Aline e Gustavo.
-- É pra mandar mensagem todo dia ouviu?! Se der, a cada uma hora! Aliás, se me trocar por uma qualquer eu arranco o braço dela que encostar em você! ~ Grita Isabelle dando um abraço apertado na amiga.
-- Acho bom continuar usando essa pulseira, ou eu arranco sua mão. ~ Isabella diz apontando para a pulseira de amizade que Aline usava com ela desde os 12 anos.
-- Me traz bastante comida de lá. ~ Júlio diz apertando a mão da amiga.
Todos se abraçam e Aline sai andando com Gustavo até o avião. Lucas se senta no chão, gruda na perna de Isabelle e começa a ficar com os olhos marejados. Ele nunca havia se separado da mãe. Não por tanto tempo. O coitado não estava mais entendendo nada. Aline sentou na janela e observou o lado de fora por um tempo. Gustavo fica brincando e fazendo carinho em seu cabelo por um tempo, e depois simplesmente dorme em cima dos caracóis de Aline. Ela faz o mesmo. Quando acordam, já estão no Pará. Eles descem do avião e está de noite, pegam um taxi e vão para o hotel onde Aline passaria a noite.
Eles entram no quarto do hotel, e Aline pega seu celular. Vê que tem mais de 700 mensagens, todas áudios de seu filho mandados pelo celular de Isabella. Ela ouve todos com atenção, enquanto Gustavo arruma suas coisas para dormir e descansar da viagem. Ao terminar de ouvir, responde e resolve descansar. Afinal, a viagem foi longa e o dia foi bem tenso. Eles mereciam um descanso. No dia seguinte, acordaram 13:15. Os dois eram sonolentos, por isso ninguém reclamou da hora.
Eles almoçaram e tomaram banho para ir para a faculdade. Ela teria que terminar de entregar a papelada, e ele, iria também, para saber onde era esse lugar.
Chamaram um táxi, e quado chegaram no lugar, não havia nada. Era um lugar deserto e perigoso, no meio da mata.-- Estamos perdidos, e o taxi doi embora. ~ Gustavo diz olhando ao redor.
-- É... Vamos andar, acho que pegamos o endereço errado. ~ Aline diz dando alguns passos à frente.
-- Pare de ser idiota, Aline! ~ ele grita impaciente ~ É óbvio que isso é armação! E você caiu, como uma trouxa!
Ela o encara triste.
-- Sabia que não era uma boa idéia ter te trazido... ~ Ela diz.
Ele suspira e termina:
-- Aline... ~ ele se aproxima ~ Eu te amo e quero o melhor para você. Desde o começo eu achei isso muito estranho, e olha onde estamos agora. Concorda que é meio idiota ainda acreditar?
Quando ela vai responde-lo, os dois sentem uma forte pancada na cabeça e caem no chão. Quando acordam, estão em um lugar escuro e com cordas os amarrando. Suas bocas estão presas com fitas, e a única comunicação que eles tem é o olhar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Depois De Me Esquecer
Random- Depois de me esquecer assim, você me quer de volta? Tu tem demência ou já nasceu retardado ? Foi o que ela disse a ele, 15 anos depois.