Escolha errada

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*Quinze anos antes*

- Você gosta de abraços? ~ ela perguntou.

- Sim! Quem não gosta?! ~ ele respondeu.

- Meu professor...

- Mas diferente dele você deve gostar, me dê um.

Eles se abraçaram. E uma amizade começou a nascer.

- Vamos sair? ~ ele perguntou.

- Claro! ~ ela respondeu ~ Quital domingo?

- Pode ser!

Eles foram ao cinema. E um sentimento a mais começou a nascer dentro dos dois.

- Você vai me beijar ou não? ~ ele perguntou.

Quando ele fez essa pergunta à ela, eles já estavam abraçados.
Eles se beijaram. Ele conseguiu o que queria.
Depois de dois dias, ela foi na casa dele. Eles estavam sozinhos, e ela tinha apenas 12 anos.

- Você quer fazer isso comigo? ~ ele perguntou.

- Melhor não...

- Sabia que você não gostava de mim...

- Eu não disse que não queria, eu disse que não dá.

Coitada, ela caiu na dele. Ele a pegou no colo, e a levou para o quarto. Ali mesmo, eles fizeram o ato final. Ele pelo menos teve a inteligência de usar camisinha.
Duas semanas depois, ele voltou ao prédio onde ela morava, e recebeu uma mensagem dela:

"Precisamos conversar."

*Claro, quando quiser princesa.*

"Desce aí então."

*Ok.*

Ele desceu com a certeza de que terminaria com ela, e ela com a certeza de que ele gostava dela de verdade.

- O que você quer? ~ ele perguntou.

- Você forçou a situação... Não foi legal.

- Tá. Enfim... Eu quero terminar.

- Por que?

O mundo dela caiu. Ela o amava realmente.

- Sei lá, essas velhas fofoqueiras ficam falando e o povo fica zuando...

- Fala o que você quer, não pensa nos outros pra decidir isso.

Ela estava certa, mas ele não seguiu seu conselho.

- Eu quero terminar!

- Tabom...

Ele pegou em sua mão, e lhe olhou nos olhos.

- Me desculpa.

Ela começou a chorar, e se explicou:

- Desculpa, pode parecer que não mas eu sou muito sentimental. Liga não.

Ele limpou uma lágrima no rosto dela.

- Me perdoa... ~ ele disse.

E ele se foi.
Ela foi para sua casa, e começou a chorar.
Seu irmão chegou, e lhe perguntou o que havia acontecido. O que ela respondeu? Que havia perdido algo.
Ela se sentia otária, e ele pegador.
Ela sentia dor, e ele felicidade.
Ela queria se reinventar, e ele estava bem daquele jeito.
Ela nasceu de novo, e ele cresceu com a mente velha.
Por fim, ela transformou dor em aprendizado. E ele? Cachaça e cerveja em remédio.

Depois De Me EsquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora