A Fazenda Rusher - Livro Único (CONCLUÍDO/SEM REVISÃO)

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Passo por entre a parede de folhas e galhos e sigo o levando pelas árvores,Rusher sussurra coisas sem lógicas,cambaleia quase caindo com ele,me seguro em uma árvore e respiro firme,ele é tão pesado.

Não posso desistir,já perdi muito tempo,tempo precioso,passo por entre alguns pássaros que voam quando nos vêem,isso não pode tá acontecendo,estavamos tão bem, felizes e agora uma cobra,uma maldita cobra vem atrapalhar tudo.

Vejo os estábulos e suspiro de alívio,estou perto,passamos por mais algumas árvores e enfim chegamos até a saída,a luz do sol queima minha pele e me faz lembrar que só estou de biquíni.

Arrasto Rusher pela estrada de barro e parece que não vamos chegar nunca na fazenda,mas ela está ao longe,vejo uma figura andando pelos jardins.

-Socorro!,ei?,me ajuda.Grito e observo a figura nos olhar,então os cabelos negros de Vanessa balançam quando ela corre até nos, Vanessa, Vanessa, é melhor que nada.

-O que houve?.Ela grita quando vê Rusher,segura o rosto dele é o beija,quero gritar com ele dizendo que ele é meu,mas Rusher precisa de um médico.-O que você fez?

-Nada,escute, Rusher foi mordido por uma cobra,precisa de ajuda,me ajude a levar ele para dentro e vamos pedir para Edite chamar um médico.

Vanessa acena com a cabeça e levanta Rusher do outro lado, rapidamente o levamos até a sala,chegando lá Edite corre até nos desesperada.

-O que houve com meu menino?

-Chame o médico John Edite,picada de cobra.Vanessa diz e subimos com ele, passamos pelo corredor e entramos em seu quarto,devagar e ofegantes deitamos ele na cama, ajeito suas pernas e Vanessa passa uma toalha em sua testa.

-Preciso fazer uma compressa,volto já.Ela diz e sai correndo do quarto.

Me sento ao lado de Rusher com cuidado e pego sua mão,choro em silêncio,ah Rusher,o que vai acontecer com você?, não pode me deixar.

Beijo sua mão e olho para ele,está suando cada vez mais,e diz coisas que eu não entendo,seguro o seu rosto e beijo sua testa.

-Vai ficar tudo bem meu amor,não se preocupe,você vai ficar bem.Digo e passo a toalha por sei pescoço,em seus braços,suas pernas.

Edite entra no quarto com uma bandeja de água morna e uma toalha fina.

Ela se senta ao seu lado e começa a passar o pano em sua testa,lágrimas e mais lágrimas caem de seus olhos,Edite ama Rusher,posso ver isso.

-Ele já está chegando.Vanessa entra no quarto e se senta na beirada da cama,seu olhar cai sobre Rusher e ela suspira.-O médico quero dizer,em poucos minutos vai estar aqui.

-Espero que não demore demais.Digo e ela me olha com raiva.

-Isso é tudo culpa sua,desde que você chegou aqui só merdas acontecem.

-Vanessa,por favor.Digo e balanço a cabeça,agora não.

-Vanessa.Edite a olha e balança a cabeça.-Rusher precisa de nós e não de brigas.

Vanessa cruza os braços,mas não deixa de olhar para mim e no fundo me sinto culpada,se eu não estivesse com Rusher,se eu tivesse escutado Vanessa, Rusher poderia estar bem agora.

Fecho os olhos e rezo em silêncio por ele, Santa Maria de guadalupe tem que protege-lo,por favor,eu o amo.

Já se passaram dois dias e Rusher continua num sono que não parece ter fim, o doutor John veio rápido e logo lhe injetou o soro antiofídico e lhe fez um curativo,Edite,Vanessa e eu passos esses dois dias ao lado dele, não consegui dormir direito,não poderia.

Já é noite quando me sento ao seu lado,por que você não acorda?

Doutor John vem sempre para vê-lo e diz que logo ele vai acordar,Vanessa me odeia cada dia mais e Edite e eu choramos sempre quando a madrugada cai.

Seguro em sua mão e a beijo,observo o seu quarto,desde que entrei aqui nunca tinha reparado muito bem,agora consigo olhar tudo.

Seu quarto é simples,são.nas cores branca e marrom,há uma cama de casal de ferro,um guarda roupa marrom,uma varanda um pouco maior que a minha e uma porta que deve dar no banheiro, há uma cabeceira ao seu lado com seus perfumes e fotos.

Me levanto e caminho até ela,vejo algumas fotos de Rusher pequeno, Rusher com um casal,acho que são seus pais,estão sorrindo e abraça ele,Rusher com Edite,Rusher com Vanessa pequenos e uma foto de uma mulher,ela tem cabelos castanhos,uma pele alva e um sorriso encantador,seus olhos são de um verde irreal.

Franzo a testa e observo a foto mais de perto,nas bordas está queimada,isso quer dizer que a foto foi quase destruída,quem é essa mulher?,não pode ser a mão dele.

Olho para Rusher que dorme tranquilo,viro meu olhar para a foto e passo o dedo sobre seu rosto.

Sua esposa,essa só pode ser sua esposa,mas por que ele ainda tem uma foto dela?,o que aconteceu com ela?
Me sento na beirada da cama ainda com a fotografia na mão,essa mulher é muito bela.

-Amélia,o nome dela é Amélia.Edite diz e se senta ao meu lado.

-Essa é a esposa do Rusher?

-Sim,era na verdade.Ela diz e pega a fotografia da minha mão e a olha carinhosa.

-O que aconteceu com ela?,eles se divorciaram?

-Quem dera fosse isso,mas aconteceu algo mais grave que isso.

-O que?

-Amélia morreu há 11 anos,Rusher tinha 22 anos.

Não,uma dor invade meu peito,imagino Rusher jovem tendo que lidar com a morte de sua esposa amada,balanço a cabeça tristonha.

-Com que idade eles se casaram?

-19 ele e ela 18, estavam apaixonados,se conheceram em uma festa e depois não se desgrudavam mais,os pais dos dois aprovaram,então eles se a casaram depois de dois anos,eram tão felizes menina,chega dava gosto.

-Do que ela morreu?

-Ela...

-Ah.Rusher diz,Edite e eu olhamos para ele e logo nos aproximamos.

-Rusher.Sussurro e sorrio quando ele me olha.

-Suzana.

-Ah meu amor.Digo e o beijo.-Fiquei com tanto medo.

-Eu estou bem agora.Ele sorri e segura meu rosto,então olha para Edite e sorri carinhoso.-Não precisa chorar Edite.

-Ai menino,nunca mais nos dê um susto assim.

-Tudo bem.Ele ri e Vanessa entra no quarto,ficamos em silêncio.

-Finalmente você acordou meu amor.Ela diz e me empurra para o lado e se senta perto dele,balanço a cabeça e sorrio,mas minha vontade é de arrastar ela pelos cabelos.

-Vanessa,por favor.Ele diz e a afasta.

Ela abaixa a cabeça e sai da cama,Rusher me puxa para perto dele e sorrio quando ele beija meu braço, finalmente posso respirar de novo.