Flashback

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ANASTÁSIA STEELE

Quase Dois Meses Atrás...

Acaricio o rostinho redondo de Phoebe e ela sorri depois segura minha mão toda seu rosto, e então, fecha os olhos e fica assim por segundos, apenas sentindo meu toque; quando ela abre os olhos eles estão brilhando, e devo dizer que os meus devem estar da mesma forma. Já faz umas três semanas que eu saí daquela maldita ilha, e estar aqui com essa menininha e com Christian, é a melhor coisa do mundo.

—Ana, você está feliz? —Pergunta Phoebe enquanto me olha.

Sorrio e aproximo meu rosto do seu, tocando as pontas dos nossos narizes. Phoebe sorri quando esfrego meu nariz sobre o seu.

—Muito feliz.

—Você não vai embora, não é? Como o papai queria...

—Olha só meu amor, seu pai só estava tentando te proteger, ele não me queria longe por mal, e não, eu não vou embora, e mesmo se eu for, você pode ir me ver todos os dias se quiser.

—Promete? Promete que você sempre vai estar comigo.

—É claro que eu prometo meu anjo.

—Eu te amo, Ana.

—Eu também te amo, meu anjinho.

Fico com Phoebe mais alguns minutos e ela logo está dormindo, então eu aproveito para ir tomar um banho. Os dias com ela são bem agitados, os melhores, é claro, mas ainda sim agitados. Ela tem energia de sobra para correr o dia inteiro. Talvez Christian tivesse razão quando disse que eu não deveria dar doces a ela. Bom... já era.

Entro no quarto e vou direito para o banheiro, permanecendo lá por cerca de uma hora, ou quase isso. Depois do banho relaxante eu me troco vestindo uma camisa branca e o robe por cima, mas deixo a fita aberta. Deito-me e fico por cerca de duas horas rolando na cama, quando percebo que não vou conseguir dormir mesmo, opto por ler um livro.

Caminho pela biblioteca percorrendo minhas mãos pelos livros, vários títulos e histórias diferentes, é como viajar pelo mundo sem nem sair do lugar. Como isso pode ser tão incrível?

Escolho um dos livros, mas quando vou tocá-lo sinto meu coração disparar com um grito. Automaticamente corro para fora da biblioteca, e novamente outro grito, da porta ao lado. O terceiro grito me faz entrar sem hesitar, acendo a luz e me deparo com Christian, se debatendo na cama, mas ele ainda está dormindo. Eu não tinha ideia que esse era seu quarto.

Por que ele está gritando afinal?

Deixo meus devaneios de lado e corro até a cama, sento-me ao lado de Christian e seguro seus ombros firmemente.

—Christian, acorde! —Ordeno, mas ele continua se debatendo. —Vamos Christian!

—Anastásia! —Christian grita assim que abre os olhos, e então me puxa para seus braços apertando-me em um braço de urso. —Oh, eu sinto muito.

—Ei, o que houve? —Afasto-o um pouco e seguro seu rosto entre minhas mãos.

Suas pupilas estão dilatadas, seus olhos demonstram medo, sua respiração está acelerada assim como as batidas do seu coração. Seu peito está subindo e descendo e o suor escorre pela sua testa e peito que... está nu. Ele está apenas de cueca boxe, expondo seu corpo completamente.

Minha respiração acelera junto com meu coração e eu não consigo desgrudar meus olhos dos seus, até que caio em mim e me afasto rapidamente.

—O que houve? —Pergunto agora em pé ao lado da sua cama.

—Desculpe, foi só um pesadelo... fazia tempo que não tinha um.

—Pesadelo? Com o que? —Aproximo-me da cama e sento na pontinha perto aos seus pés.

Cartas Para um Novo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora