O Banco dos Réus

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CHRISTIAN GREY

Miro a arma com cuidado e atiro no último homem em pé e é, nesse momento, que vejo Sawyer vir correndo em nossa direção, com a perna ferida e um corte no supercílio. Sinto meu coração disparar e o medo me invadir. Por Deus. Anastásia e Phoebe,

—Sawyer! —Grito agarrando seu blazer. —Onde elas estão?

—Eu não sei senhor. —Sawyer diz e posso ver o desespero em seu rosto e olhos. —Eu fui atingido por trás, quando acordei estava na escada, eles tinham trancado tudo. Eu tentei abrir, atirei, mas não adiantou nada. Quando eu consegui entrar os seguranças estavam caídos e as duas tinham sumidos.

O ar falta nos meus pulmões e de repente é tão difícil respirar. Apenas a dor lateja em cada parte do meu corpo. Minhas mãos escorregam caindo aos lados do meu corpo e eu dou um passo para trás entorpecido. Não... eu não posso perdê-las. Não posso.

—Christian! —Elliot diz agarrando meu blazer e me chacoalha. —Nós precisamos acha-las.

—Eles a levaram, Elliot. —Murmuro perdido.

—Não! —Meu irmão grita. —As duas são espertas demais para isso. Sua filha conhece a casa toda.

—A casa toda... Elliot a escada para o jardim.

Vejo o olhar de Elliot brilhar. Carrick construiu uma escada de emergência quando compramos a casa. Ele achava seguro ter uma escada com portas de entrada e saída a prova de fogo. Elliot e eu brincávamos lá. E Phoebe também adora se esconder lá quando vem para cá.

Troco um olhar rápido com meu irmão e nós começamos a correr em direção a casa de barcos. Meu coração está tão disparado que mal posso contar as batidas. Minha respiração está ofegante e há suor por toda parte. O medo ainda está pulsando, e só agora caio em mim. Sim... eu a amo. Nesse momento de desespero eu percebo como amo aquela mulher, como ela faz parte de mim, desde o primeiro sonho, a primeira carta, ela se tornou parte de mim. Parte do que eu sou.

Um disparo faz com meus devaneios se dissipem, e então começamos a correr mais rápido, e logo estamos na casa de barcos. De longe eu avisto Anastásia e Phoebe, ambas assustadas, paradas em frente a porta da escada, e em frente a elas está um homem, quando me aproximo ouço suas palavras.

—Srta. Steele, que tal me acompanhar?

Anastásia coloca Phoebe atrás de si e eu posso ver o pavor em seus olhos. Miro minha arma no homem e deixo a raiva falar mais alto.

—Ela não vai a lugar com você. —Sussurro com a voz friamente controlada, e então atiro fazendo o homem cair.

Phoebe grita e corre para os meus braços e no momento que a tomo sinto o alivio me invadir. Aperto-a cuidadosamente e sei que ela está bem. Anastásia tomba para trás caindo no chão e o desespero se vai. Então a coloco no chão, ao lado de Taylor, vendo que somente ele conseguiu me alcançar. Corro até Anastásia e abaixo ao seu lado puxando-a para meus braços.

—Eu esqueci de dizer algo. —Sussurro sem tirar meus olhos dos seus.

—Hã? —Sussurra confusa me olhando com aqueles grandes olhos azuis.

—Eu amo você, Anastásia Steele. —Confesso e vejo seu olhar brilhar.

—Ah, Christian. —Um soluço escapa de seus lábios e as lágrimas logo estão contornando seu rosto. Puxo-a para meus braços apertando-a com cuidado e tentando mostrar como, como, eu a amo. —Eu também amo você, delegado.

Sorrio ao ouvir suas palavras. Suas doces palavras. Ela me ama. Ela me ama como eu a amo. Essa linda mulher que era a parte que faltava em mim, me ama. O alivio me invade nesse momento. Tudo está bem. Ela está bem. Eu estou bem e nossa filha está bem. Algo poderia estar melhor?

Cartas Para um Novo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora