Untitled Part 26

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XXVI Parte

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XXVI Parte

*Narrativa de Ian

Já faz quatro dias que chegamos a cidade, Laura passou por outra cirurgia assim que deu entrada no hospital e está em observação mas ainda está em coma induzido, pelo menos já está a caminho do quarto e parece que hoje irão tirar os aparelhos. A bala por sorte não atingiu o coração, em vez disso, ela teve 3 órgãos atingidos que foram suturados em uma laparoscopia. A vida esta prosseguindo aos poucos, Daniel e Mark estão indo hoje com Ninah para resolver as questões judiciais sobre a abertura da pousada e depois iriam ao fórum para ver o andamento do caso da Ninah e eu estou a caminho do hospital. No dia da cirurgia fui somente doar sangue, mas não consegui permanecer, se continuasse naquela sala de espera iria enlouquecer. Todos os outros ficaram.

Cheguei, estava tudo calmo, dona Sônia estava na sala de espera, me aproximei entregando uma sacola com umas coisas que comprei na padaria que fica em frente ao hotel juntamente com copo térmico com café preto bem quente.

- Bom dia, imaginei que estivesse precisando disso! - disse lhe entregando o copo com café e os pãezinhos variados que estavam fresquinhos.

- Meu filho não precisava se preocupar, mas obrigada. - Disse me dando um sorriso espontâneo. - E você, está bem? Percebi que tem evitado ficar aqui conosco esses dias.

- Não consigo ver ela nessa situação e não poder fazer nada, me desculpa por isso!

- Não precisa se desculpar, afinal deve estar sendo bastante difícil pra você, não é? - seus olhos me analisavam com um carinho próprio que ela tinha até no tom da voz.

- Está sim, mas certamente não tanto quanto é pra senhora! - Respondi tentando manter a firmeza na voz, estavam sendo os piores dias da minha vida inteira.

- Realmente está sendo muito difícil, acho que não tenho mais lágrimas para chorar, mas sei que minha filha é forte, e ela tem mostrado isso a cada dia! Sem contar que essa força que vocês estão me dando está me ajudando bastante.

- E ela, como está?

- Está bem, já saiu do coma, está sem quase todos os aparelhos, somente com o soro e as medicações e o que controla os batimentos, agora é só esperar ela acordar. - sorriu e colocou a mão sobre meu ombro - Sabe, eles me deixaram entrar no quarto um pouco, acho que posso ver se consigo que você a veja também, você quer?

- Eu... - o medo tomou conta de mim novamente - não sei se consigo!

- Claro que consegue, dá pra ver nos seus olhos que está louco para ver ela. E o médico disse que ela precisa ouvir a voz daqueles de quem ela gosta, precisa sentir que estão aqui com ela.

- Não sei, quero ver ela sim, mas confesso a senhora que preferia a encontrar acordada. Não aguento ver ela desse jeito, isso dói demais em mim. - expus o que sentia, eu queria muito entrar, mas tinha muito medo, não queria a ver naquele estado, nem na ilha, quando deixaram ver pelo vidro eu fui.

Duality - Paixão em Fernando de Noronha.Onde histórias criam vida. Descubra agora