Capítulo 3

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III Parte

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III Parte

*Narrativa de Laura

Acordei com dor de cabeça. Não sei se dos tombos que levei na prancha, ou se do vinho. Ai não! Será que o Daniel achou que o que falei foi para ele? Que coisa fazemos quando estamos embriagadas. Pior que nem sei como me explicar sem ter que dar muitas explicações. Ainda eram 5:30 da manhã, não aguentava mais ficar trancada olhando para paredes e teto. Fui até a praia, levei a prancha, e fui até atrás das ondas. Deitada olhando para o céu, percebi o quanto realmente era bom aquilo, relaxante. Nenhum ruído externo, somente o vento, as ondas quebrando, e os primeiros raios de sol iluminando o céu com algumas poucas nuvens brancas.

Não demorou muito para que aparecessem surfistas, esse pessoal gosta de madrugar! Não me incomodei, permaneci "a deriva" em meus pensamentos. Já estava tão acostumada com o barulho das pessoas que nem me movia ao ouvir batidas na água, até que uma voz me despertou.

- Pegou mesmo gosto pela prancha. Daqui a pouco vai estar melhor que eu. - Daniel estava os meu lado sorrindo.

- Pois é, quem sabe depois não vou passar vergonha no Havaí?

- Engraçadinha. - Deu um sorriso encantador. - Dormiu bem?

- Praticamente nada. Não estou acostumada a beber, a cabeça roda e não durmo de jeito nenhum.

- Já desceu alguma?

- Se eu descer do jeito que estou pode ter certeza que não volto. Vou parar no fundo igual um âncora!

- Então não devia nem ter entrado sozinha e de madrugada, poderia ter tomado um caixote.

Ficamos calados por alguns minutos, sentados na prancha olhando para a praia, o silêncio era bastante incômodo.

- Olha, queria que soubesse que o que falei ontem não foi direcionado a você. Eu...

- Eu imaginei que não fosse. Embora eu me enquadre no grupo de "todos os homens".

- Você é sempre tranquilo assim? Nunca se estressa, nem se aborrece. Está sempre tudo bem?

- Não, só evito transformar uma gota em tempestade.

Mergulhei, me senti uma completa idiota fazendo aquela pergunta. Quando voltei a superfície a prancha dele estava vazia, e logo fui surpreendida com ele atrás de mim prendendo minhas costas contra aprancha.

- Você precisa relaxar. - Me beijou suavemente. - Viu? Desta vez não fugiu! Queria saber só uma coisa, já está com alguém, ou fez os votos para freira? Se foi a segunda, desculpe ter que te desanimar mas você não tem nenhuma vocação. Freiras não beijam, muito menos como o beijo da cachoeira!

Duality - Paixão em Fernando de Noronha.Onde histórias criam vida. Descubra agora