Cap. 8 - Maldito bastardo

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Eu odiava admitir, mas aquele bastardo tinha razão

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Eu odiava admitir, mas aquele bastardo tinha razão...

Nem eu estava me reconhecendo mais, eu parecia realmente uma sombra do homem que um dia fui. Sei que essa minha condição foi por culpa unicamente ... minha. 

Eu sabia que minha eterna teimosia uma dia me traria problemas. Porra, vou ter que voltar no tempo e lembrar o que passei!

Era um dia normal de movimento, na verdade estávamos cada vez mais lotados. E uma coisa que eu nunca iria dar o braço a torcer era para a velhice que insistia em chegar.

Mesmo com essa vida boêmia, eu praticava esportes, procurava dormir bem e acordava cedo, passava a maior parte do tempo com meus velhos amigos dentro do meu bar enchendo a cara e saindo com várias mulheres. Nunca deixaria que nada me fizesse sentir que não conseguiria desempenhar, seja o trabalho que fosse.

O caminhão de bebidas chegou e eu sempre ajudei a descarregar, nunca fiz corpo mole. Mas com o aumento da clientela, houve o aumento na demanda de pedidos. Um dos carregadores informou que o engradado das bebidas estava pesado demais pra mim. Eu olhei bem para aquele garoto, que aparentava ter uns 25 anos, sorri e mostrei o meu dedo do meio.

Quem porra aquele moleque achava que era pra duvidar da minha capacidade?

Peguei os engradados das mãos dele e realmente, estavam pesados pra caralho, mas eu nunca iria admitir isso.

Olhei pra cara estupefata dele e carreguei aquele peso para dentro do meu bar. Mas ao subir as escadas que levavam até a dispensa, um dos degraus estava molhado por alguma garrafa que deve ter quebrado e eu despenquei.

Foi tudo tão rápido que eu nem lembro de ter sentido alguma dor.

Acordei dias depois no hospital com uma dor de cabeça infernal, mas algo estava errado. Eu notei assim que percebi a fisionomia do bastardo que estava sentado ao meu lado, com a cara de preocupação e alívio. Mas algo estava malditamente errado, eu não conseguia mover as pernas.

_Eu sinto muito, Gerald... Eu não consegui chegar a tempo e tentar reverter a sua situação. 

Eu nunca tinha visto ele assim, realmente sentido e triste.

_Juro que eu tentei, mas nada aconteceu.

_Calma garoto... tudo vai ficar bem!

Mas não ficou... e aquela maldita queda acabou com toda a motivação que eu tinha. 

Nunca mais ficaria tudo bem, eu nunca mais teria a minha vida de volta!

Eu estava tão perdido ao lembrar daquele fatídico dia que me assustei ao perceber um barulho.

Alguém estava batendo na porta, o que era uma novidade pra mim, pois só morávamos naquela casa eu e Corvus. E pode ter certeza, ele NUNCA iria bater antes de entrar!

_Entre, quem quer que seja!

_Com licença, senhor Gerald...   

Foi quando eu a vi, num uniforme branco e fodidamente apertado. O que era aquilo?

Ela entrou e veio em minha direção, numa confiança única e uma firmeza no olhar. Parou diante de mim e estendeu a mão.

_Prazer, eu me chamo Azalee... serei sua enfermeira particular.

 serei sua enfermeira particular

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Não... isso não estava acontecendo.

_Espera, deixa eu ver se eu entendi... Quem te contratou? Como você chegou aqui? O que está acontecendo...

Disparei de uma só vez.

_Calma, olha a sua pressão!

_Minha pressão está ótima... 

Fui empurrando minha cadeira até a sua direção.

_Olha só, deve ter acontecido algum equivoco aqui, porque eu não preciso e não contratei nenhuma enfermeira... Então, sem mais delongas, você sabe onde fica a saída!

_Exatamente, você não me contratou e é exatamente por isso que não poderá me demitir. Agora seja bonzinho e não tire o restinho de paciência que eu acredito ter.

Ahhhhhhh...Eu podia matar alguém.

_Mas de quê merda você está falando? Eu não preciso da sua ajuda! Eu já disse que não contratei serviço nenhum, eu não...

Então me caiu a ficha.

_Aquele maldito bastardo!!!

_Quem? (Ela me fitava confusa)

_Eu vou matar o Corvus!

_Mas só faça isso depois que ele me pagar, preciso da grana, você sabe como é né?

Era muito desaforada pro meu gosto.

_Bom, agora que já nos apresentamos, eu vou terminar de me instalar. Vocês tem uma bela casa e cheia de quartos, então eu prometo passar talco em suas dobrinhas se adivinhar onde ficarei...

A vontade que eu tinha de tirar aquele risinho da cara dela...

_Ficarei no quarto ao lado do seu!

Bufei sem paciência.

_Grande merda...

_Ownnn tão fofo... sabia que você ia gostar!

Definitivamente, eu matarei alguém hoje...

_Agora fique aqui quietinho, senão eu não te deixarei jogar bingo!

E ela deu meia volta e saiu rebolando uma das maiores e mais suculentas bundas que já vi em toda essa minha vida. Mas isso não diminuiu a ira que se formou dentro de mim...

_Ô SEU MALDITO BASTARDOOOOOOO!!!!!!!!

_Ô SEU MALDITO BASTARDOOOOOOO!!!!!!!!

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E aí, mereço seu voto ou não? 

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(DEGUSTAÇÃO - AMAZON) CorvusOnde histórias criam vida. Descubra agora