Nancy

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Nancy embala o bebê 
o bebê não está no berço 
Quando Nancy está olhando para você 
tudo que ela pede é silencio


A cova de Nancy está vazia
a terra e a sua carne já são frias
Enquanto ela apodrecida e gélida
está a vagar entre os vivos e quentes 
A procura de sua cria indigente
Que o mundo injustamente lhe roubou 
Com requintes de crueldade


Ela encontrou algo para lhe consolar 
Olhava-o de longe sorrindo em ternura
Uma pequena, frágil e doce criatura
para finalmente acalmar sua loucura
Agora lhe pertencia e ela iria guardar 
do mal que imaginava o mundo ter
Então salvaria aquele pequeno ser


Nancy está a solta novamente 
Sorrindo calorosamente,
ela afaga seu pequeno amado 
em um berço feito de esperança 
Não se aproxime, não faça barulho 
ou ela sorrateiramente 
com seus olhos fundos e pesados
lhe convidará a brindar com a morte.

Depois da Meia NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora