Devora Tempo

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Meu tempo morreu sem tempo
De dizer que de mais tempo
Queria ter vivido na infinitude
De esquecer o relógio frio e
Dos ponteiros proximos a morte

Devorando a linhas da vida
Com uma gana sem igual
O devora tempo vive em caos
Devora tudo com voracidade impar

Esses olhos hipnotizados
Sempre deixando para o amanhã
Quando finalmene irá perceber
Que o amanhã nunca chegará

Oh minha pequena criança
Não chore mais em desesperança
O devora tempo não gosta de ti
Devorar-te ele irá aos poucos

Pode rezar quanto quiser
Pobre anciã condenada
Sua ampulheta está quase finita
Devorou-te ele os melhores anos

Inocentes são os que pensam
Que o tempo é a segurança
Dessa nossa vida mundana
Feche os olhos e pense novamente
Ainda há tempo para a gente ser gente?

Olhando para o relógio novamente
Qual é o sabor do meu tempo?
Ah a vida é sempre finitude
Nas mãos do infindável tempo.

Depois da Meia NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora