Desgosto

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No Brasil a hipocrisia reina
Enquanto eu aponto um dedo
Três se voltam em meu encalço
Acusando cegamente como eu acuso

É o verso do desgosto
Onde meu coração se rasga
Em forte tempestade de amargura
União é tola ilusão compenetrada

Os tolos riem dos seus semelhantes
Sem ver que sofrem em grau de igualdade
Vendados por mãos pesadas e cruéis
Que criam uma ilusória calmaria

O cabresto aperta forte e marca
todos os condenados a servidão
Aqueles que se acreditam libertos
Não vêm as sombras se aproximando

A calmaria é máscara inquietante
Quando cai mostra toda calamidade
Escondida a sete chaves brilhantes
No bolso do patrão bem alimentado

Encontramos um conceito novo
Escravo moderno que aplaude seu algoz
Sorrindo com destes manchados de sangue
Sua sina é repetir seus ancestrais.

Depois da Meia NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora