The world of shadows:The Punishment of Angel

Capítulo 3: A Ligação Angelical

    Não deu muito tempo para Alex conseguir compreender o estava acontecendo. Quando olhou novamente para a grande parede de vidro, ele viu seu pai indo até lá, coberto de ferimentos e sangue demoníaco.
   Michael então abriu a porta, mas como Alex esperava foi olhar a garota, que continuava dormindo. Enfim Michael  o olhou.
_ Por quê você desenhou uma runa no braço dela?
  Alex estava em choque demais para responder, então simplesmente virou as costas e saiu.
  Estava mais cansado do que esperava, subiu as escadas pesadamente. Entrando no salão principal, viu os estragos que os demônios haviam  feito, mas não deu tanta importância para o ocorrido. No corredor que dava aos quartos, dois shadowhunters passaram e o encararam. Alex só queria chegar ao quarto o mais depressa possível.
Quando abriu a porta, se surpreendeu ao ver que tudo estava do mesmo jeito que havia deixado. Foi ao banheiro e se olhou no espelho, ainda estava com sangue de demônio na pele, porém o sangue não queimava-o, suas roupas estavam rasgadas e corroidas pelo sangue. Havia cortes superficiais no rosto, mas seu pescoço que tinha sido arranhado pelo demônio não havia nada, nenhuma marca nem cicatriz. Ele jogou as roupas para longe, tomou um banho rápido, se vestiu pronto para cair na cama e só acordar no outro dia.
  Alex deitou e tentou dormir, mas seu cérebro não parava de trabalhar, de tentar entender tudo que aconteceu. Ele não conseguia esquecer o rosto da mãe, que lhe parecia tão real, o medo que sentiu dela,  à culpa por não tê-la ajudado e principalmente  a sensação quando sua pele encostou na pele da garota parecia o toque de sua estela e finalmente a runa que estava incompleta, mas que se completava a runa da garota. Era muita informação em pouco tempo, quando ele percebeu sua mão estava sobre a runa, fazendo seu contorno com os dedos, e como isso incrivelmente o acalmou, fazendo-o dormir em segundos.
    Acordou no dia seguinte pela tarde, seu corpo estava totalmente relaxado, sem nenhuma dor residual, apesar de tudo parecer um enorme pesadelo, Alex sabia que tudo era real.
Vestiu-se com roupas confortáveis e desceu ao andar dos quartos de segurança. Estava no corredor e percebeu que tudo já estava organizado, como se não tivesse acontecido nenhum ataque ao Instituto. Ao chegar na parede de vidro, viu que algo não estava certo, a garota tinha sumido. Alex não sabia o que estava sentindo, ao não vê-la ali deitada era como se estivesse perdido, olhou nos outros quartos mas não à encontrou.
Subiu as escadas correndo, exasperado era como se uma parte dele estivesse faltando. Foi Jess que o achou, ela o encarou, viu sua expressão e como sempre entendeu que algo estava errado.
_ Ei olha para mim, o que aconteceu?
Sua respiração estava acelerada, até ele mesmo achava que tudo isso era demais.
_ C-Cadê a garota?
_ A novata?
   Sua expressão era de uma completa dúvida.
_Sim, onde ela está?
_ Ela chegou ontem no meio daquele caos. Não sei onde você aprendeu aquela runa, mas funcionou, aquela explosão de energia ajudou a todos aqui... ela está na sala do seu pai faz algum tempo.
  Alex confirmou com a cabeça e saiu em direção a sala de seu pai, sem pensar nas consequências caso o interrompesse. Ao chegar simplesmente abriu a porta, a garota se virou e foi como se o chão tivesse voltado aos pés de Alex.
_ Filho, eu já ia mandar te chamar.
Foi a primeira vez desde que entrou na sala que Alex olhou para seu pai. Ele estranhamente estava sorrindo.
_ E então? O que queria?
_ Apresenta-lo a Dara.
     Dara se levantou, ela era mais baixa do que Alex havia imaginado, estendeu sua mão, que Alex a pegou com bom grado, mas para seu próprio desgosto, ela soltou rápido demais.
_Prazer em conhecê-la devidamente.
_ Concordo com o sr.Stormland.
_ Por favor, me chame apenas de Alex.

_ Me lembrarei disso.
   Alex sabia que devia estar com cara de idiota, mas não conseguia evitar.
_Vou deixá-los a sós.
Ele se levantou e abraçou o filho, Alex é claro congelou, seu pai nunca havia feito nada parecido, até que sussurrou em sua orelha - " Faça-a falar." - Deu três tapinhas nas costas do filho e saiu dando um sorriso para Dara.
_ Não acredite muito nele, é meu pai por isso estou falando.
_ Já vi muitos homens como ele, durantes meus muitos anos, sei como lidar com esse tipo.
Alex sorriu.
_ Esse tipo?
_Sim, aproveitadores e oportunistas.
_ Ninguém nunca o descreveu tão bem.
_ Acredito que ele tenha nos dado espaço para conversarmos... para você arrancar informações de mim.
_ Exatamente.
_ De qualquer forma terei que lhe explicar as coisas, se seu pai tivesse me deixado falar com você mais cedo, ele não precisaria de todo esse teatro.
Mas continuando, por a sua evidente nova runa, você está ligado a mim.
  Ele estava confuso, não sabia o que esperar a seguir.
_ Entendo sua surpresa, enquanto você viver este corpo estará vivo, caso você morra, o corpo morte junto com você e infelizmente irei para outro corpo.
   Ela viu a expressão de Alex e o deixou digerir a história.
_ Como assim corpo? Como você iria para outro corpo? Quem é você realmente?
_ Este corpo pertencia a Katherine WayHeart. Isso acontece do mesmo jeito que você viu, o sono profundo, a grande explosão de energia angelical, e a ligação com um shadowhunter. E como eu já havia dito meu nome é Dara e você me conhece. Eu sou um anjo!
Depois dessas respostas, Alex se sentou.
_ Você poderia ser acordada por qualquer outro shadowhunter?
_ Não, é um tipo específico, e não sei bem ao certo qual o determinante que o shadowhunter tem que ter.
  _ E se esse corpo morrer?
Seu rosto ficou sério.
_ Esta é a parte ruim, caso este corpo morra, uma parte de você morre junto, e essencialmente a parte que está ligado a mim. Amor, raiva, medo...
Ele estava confuso e com medo agora.
_ Por que você está aqui? Quero dizer por que está no mundo mundano, e não lá com os outros anjos?
_Isso é outra história. O que você tem que saber é que eu teria que aprender alguma lição, que há algum tempo não faço a menor idéia do que seria.
Alex ficou encarando-a, seus olhos nos dela, queria desviar mas não conseguia. Dara sorriu e ele sentiu que ficou com a mesma cara de idiota de minutos atrás.
_ Alex, você irá ficar me encarando ou vai me mostrar o resto do... Como vocês chamam? É Instituto ainda?
_ É-é sim. E claro, por aqui.
Alex abriu a porta e Dara passou sorrindo por ele.

                             《○●○》

    Dara, sabia que algo ruim iria acontecer sempre que estava ligada a alguém, algo sempre acontecia.
Ele estava com aquela expressão, era a runa, estar na presença dela o deixa feliz, mas era uma falsa sensação de alegria.
_ Bem, agora você irá dormir aqui.
Abriu a porta para um quarto com uma cama enorme, as paredes tinham uma tonalidade de cinza, algumas paredes estavam cobertas por espelhos e quadros. Dara não sabia o que falar, mas provavelmente seu rosto a entregou.
_ Não se preocupe, você pode mudar a decoração.
Alex sorriu e se parecia tanto com ele, que a lembrança à torturou por dentro, seu sorriso e seus olhos eram parecidos.
_ Obrigado por me informar. Sabe onde consigo outras roupas?
_ Posso falar com Jess, acho que ela é um pouco mais alta, mas vai servir enquanto não compramos outra.
Ela assentiu.
_ Quem é Jess?
_ Minha parabatai Jessamine Graywater, ela é incrível!
_ Imagino que sim.
_ Você quer ver mais do Instituto, ou prefere tomar banho e se trocar. Se quiser vou falar com ela agora, ela vem trás as roupas e você me encontra no salão principal.
_ Parece um bom plano para mim.
_  Só mais uma pergunta, por que todos acham que você é apenas uma novata?
_ A runa esconde quem eu verdadeiramente eu sou, deixando  somente o shadowhunters saber a verdade.
_ Então vou deixá-la tomar seu banho. Nos encontramos no salão assim que acabar.
   Ele claramente estava sem jeito, saindo do quarto, quase tropeçou olhou para Dara sorriu mais uma vez e fechou a porta. Ela sabia que deveria mantê-lo afastado, para sua própria segurança, caso algo aconteça, quanto menos ele estiver emocionalmente ligado a ela, seria melhor.
  Foi ao banheiro e ficou encarando o chuveiro, procurando um lugar para que pudesse mexer, para a água sair, demorou um certo tempo, até entender, mas por fim conseguiu utilizar. Dara já estava acabando, quando ouviu batidas na porta, enrrolou-se na toalha e saiu do banho. Ela encontrou as roupas que Alex havia falado, com uma loira cheia de sorrisos ao lado.
_ Presumo que você seja Jess Graywater!
_ É sou eu, e você a garota nova.
O pai de Alex à avisou, que nenhum outro shadowhunter deveria saber sobre sua verdadeira identidade.
_ Alex não falou meu nome?
_ Ela disse que você se chamava Dara.
_ Dara Wayheart.
  Ela me olhou como se estivesse desconfiada de algo, mas não tinha provas para falar o contrário.
  _Seja bem vinda então Dara Wayheart. Você tem o nome de um anjo, diz uma lenda que no início depois que Azazel desceu a Terra para mostrar e ensinar aos humanos, sobre as armas, Dara veio e ensinou aos shadowhunters como conjurar as runas para as espadas, e utilizar o poder dos anjos para isso, para nos deixar invencíveis, ela foi a responsável pelas Irmãs de Ferro.
   Jess estava contando uma história bem familiar, claro com obivios desvios pelo tempo, mas a essência da história sobrevive, e pelo jeito que Jess contou a história apenas pelo seu nome, Dara achava que deveria considerar ter uma fã.
_ Você se importaria?
Dara apontou para as roupas.
_Há,claro vou te deixar se vestir. E sinto muito por ter perdido suas roupas na confusão de ontem.
Ela saiu,olhou para Dara novamente,sorriu e fechou a porta.
  Dara ficou observando as roupas, uma blusa azul escuro, calças jeans pretas, se fosse antigamente seria um vestido, mas parece que todas as mulheres agora usam calças, e havia um par de botas pretas. Ela colocou as roupas, que obviamente ficaram um pouco grades para ela. Saiu do quarto em direção ao salão principal, lembrava exatamente do caminho que percorreu até o quarto com Alex.
E como ele tinha falado, estava lá encostado em uma das paredes, quando ele à viu, ficou claramente nervoso mas sorriu, e como todas as vezes que ele fez isso até o momento, era como se ela o estivesse vendo, e isso à machucava.