Capítulo 8: A lei é dura, mas é a lei

174 4 1
                                    

Dara estava no quarto quando escutou um batida na porta, ela havia acabado de sair do banho, e estava penteando os cabelos, foi até a porta, e para sua surpresa era Elisa. A menina estava com uma grande bolsa, e um sorriso encantador.
_ Olá.
Entrou sem esperar que Dara lhe desse permissão. Se sentou na cama, tirando uma quantidade incrível de comida da bolsa.
_ Para quê tudo isso?
_ Fui na cozinha, e peguei umas coisas, achei que nós podíamos fazer um piquenique.
Ela arregalou os olhos azuis, e Dara só pode concordar.
_ Mas por que eu?
_ Não sei, além do mais tenho que falar da Maria.
A menina sorriu de uma forma tão doce. Dara então notou que a menina já havia sido marcada, na mão esquerda estava a runa da clarividência.
_ Então o que você quer?
Ela apontou para as comidas sobre a cama.
_ Para ser sincera, nunca comi nada disso.
Elisa à olhou como se estivesse vendo algo extremamente divertido.
_ De onde você veio? Lá não tinha hambúrguer?
_ Não!
_Então tenho muito que te ensinar. Você vai comer o hambúrguer, e vou contar quem era Maria.
Dara não falou nada, pegou o que Elisa chamou de hambúrguer e se sentou ao lado da menina.
_ Muito bem, Maria era como você estava visitando o Instituto, ela e Alex se conheceram assim, eu estava aqui no recesso da academia, você sabe onde treinam novos shadowhunters e os novatos nisso como eu.- Elisa sorriu, e deu uma mordida no hambúrguer- Mas voltando ao assunto, eles ficavam pelo Instituto rindo e conversando. Treinavam e iam juntos para missões externas, teve uma vez que eu estava andando pelos corredores e os vi se beijando, admito que achei romântico, porém era Alex ali, e a cena ficou muito estranha e admito meio nojenta, mas fazer o quê era o meu irmão.
   Quando Elisa falou sobre o beijo, Dara sentiu algo estranho em si mesma, ela não sabia o que era, ela estava com raiva e ao mesmo tempo triste.
_ Eles ficaram muito tempo juntos?
_ Acho que só até ela voltar ao México... depois Alex ficou um tempo zangado, nem treinar comigo ele queria, então voltei para academia e ele foi para Londres. O resto você já deve saber.
Dara concordou. Ela experimentou o que a menina falou ser chocolate, porém Dara se decepcionou ao ver um quadrado, e não um copo como na vez com Alex.
_ Dara?
Ela virou para a menina.
_Sim.
_ Acho que gostei de você! A gente poderia treinar amanhã?
_ Também gostei de você. Nós até podemos, mas não pode pegar pesado comigo.
Elisa concordou e bocejou, a menina sorriu virou para o lado e se ajeitou na cama. Em pouco tempo Dara pôde ver a respiração de Elisa ficar mais lenta. Dara levantou-se começou a recolher os pratos sobre a cama, colocou todos de volta na bolsa e se sentou na janela.
"Eu sei o quê você fez!..."
As palavras do demônio ecoaram em sua mente.
"Eu sei sobre Thomas, eu estava lá, vi oque você fez!..."
Quem poderia ser?
_ Ela já dormiu?
Dara se virou e viu Alex dentro de seu quarto, ele estava mais vestido do que das outras vezes que entrou.
_ Sim.
_ Ela se apegou rápido a você, nem com Jess foi assim.
_ Ela me contou sobre a Maria.
Dara sorriu, e Alex retribui e se sentou ao seu lado na janela.
_ Até imagino como ela te contou.
_ Ela fez um resumo.
_ Queria pedir desculpas... sobre o que aconteceu.
_ Você está se desculpando por me beijar?
_ Exatamente, sei que aquele momento era inoportuno, você estava com dor e...
_ Olha não precisa. Nós podemos esquecer, vai ser como se nada estivesse acontecido.
_ Talvez eu não queria esquecer.
Essas palavras à atingiram com uma surra. Ela sabia que isso não poderia acontecer, que no fim tudo era exatamente igual.
_ Olha não precisa se assustar, eu entendi desde o primeiro momento que isso não podia acontecer, mas não controlo o que sinto e Dara você não precisa corresponder, eu entendi sério.
Antes que Dara pudesse falar qualquer coisa, Alex se levantou e foi até a cama e pegou Elisa nos braços.
_ Boa noite.
E saiu. Dara sentiu como se tivesse perdido novamente. Porém quando foi se levantar para ir atrás dele sentiu uma queimação na lateral das costas, a dor era forte, e a cada traço sua respiração faltava.
              
                          《○●○》

    Alex deixou sua irmã no quarto, voltou até a porta de Dara mas não teve coragem de entrar. Voltou ao seu próprio quarto, pegou seu casaco, o celular e duas lâminas além da estela, prendeu tudo no cinto e saiu o mais rápido que pode.
Quando passou pelas portas se sentiu mais leve, foi na direção a casa de Cornélia, sabia que não podia mais usa-lá, que tinha que falar a verdade, mas também sabia que ele se machucaria, por fazer isso, Alex gostava de Cornélia, gostava de sua companhia, do modo como ela o fazia sorrir, porém nada o fez se sentir tão vivo como o beijo que ele roubou de Dara.
  Ao chegar no portão da frente da casa, notou que as luzes do primeiro andar estavam acesas, o que significa que Cornélia estava com clientes e que Alex teria que entrar pelos fundos. Atravessou o jardim e destrancou a porta, subiu as escadas e se sentou no sofá para espera-lá.
 
  Cornélia estava em uma discussão com alguns membros do submundo sobre o Instituto. Ela não conseguia acreditar nas coisas que estavam falando, um anjo no Instituto, que poderia ou não acabar com todos eles. Ela reconheceu a menina que veio em nome dos licantropos, Maggie Jones ela namorava a parabatai de Alex e parecia tão confusa quanto a propria Cornélia.
_ Isso não pode ser verdade eles tem um acordo conosco!
  Era o líder do clã dos vampiros, cujo o nome Cornélia esquecera.
_ Olha eu estou cansada, não aguento mais, arrumem outro lugar para discutir.
Ela tinha que acabar logo com isso, queria falar com Alex, precisava disso. Todos a olharam, mas não falaram nada, saíram e enfim ela pode subir, queria ligar para ele e chama-lo para conversar e estar perto dele.
Quando entrou na sala o encontrou olhando pela janela.
_ O quê eles queriam aqui?
  Ele estava tenso, mas algo lhe deu a impressão que não era por causa  reunião dos submundanos.
_ Estavam preocupados.
_ Com o quê exatamente?
_ Falaram que a clave e o Instituto estão escondendo um anjo.
  O corpo de Alex parou, ela não conseguia ver seu rosto.
_Alex é verdade? A clave está escondendo um anjo? Não minta para mim, não faça...
_ É verdade.
Isso a atingiu como um soco, como ele podia ter mentido para ela desde jeito.
_ Por quê não me contou? Por quê escolheu esconder isso de mim?
Ela sentia que estava prestes a chorar, mas segurou não ia fazer isso, não enquanto ele estiver ali.
_ Por que era um assunto proibido, a clave nos proibiu.
_ Você agora faz tudo que a clave manda!
_ A lei é dura, mas é a lei.
_ Não venha com essa droga de ditado. Eu estou viva a mais de quatrocentos anos, e não consigo contar as vezes que escutei isso.
  Ele não conseguia encara-lá e isso doía, ela queria que ele se desculpasse, que diga que não teve escolha, qualquer coisa. Porém apesar de tudo, era a frieza dele que a incomodava, os dois nunca disseram que se amavam, mas ela o amava e acreditava que ele também a amava.
_ Onde está o anjo?
Ele assumiu uma postura rígida, como qualquer menção ao anjo, o incomodasse.
_ Por quê?
Sua voz estava firme e havia algo de protetor, quando se referia a criatura.
_ Por que o submundo precisa saber que não corre perigo.
_ Tem a minha palavra que nada acontecerá com o mundo das sombras.
_  Claro, posso confiar muito em você!
  Ela estava com raiva, não queria transparecer o quanto ele tinha à afetado, porém quando seu por si, já havia falado.
_ Acho melhor não nos vermos por um tempo.
  Apesar de estar nas entrelinhas esse inevitável final, foi doloroso ouvi-lo falar.
_ Com toda certeza.
  Ele concordou e se virou para sair pela porta dos fundos. Parte dela queria ir atrás dele e beija-lo dizendo que iria ficar tudo bem, e a outra queria transforma-lo em um rato. Mas não fez nenhuma dessas coisas.
_ Alex!
Ele virou surpreso.
_ Sim.
_ Você ainda está com a chave!
  Ele colocou a mão no bolso e tirou as chaves com o chaveiro em forma de "C". Ela o pegou, apertando.
_ Se cuide.
Ele não disse nada. Seus olhos que sempre estavam tão vivos, agora não diziam nada.

  Assim que passou pelo portão Alex se sentiu culpado, mas ao mesmo tempo aliviado não foi do jeito que ele queria acabar as coisas entre os dois, a cada vez que olhava para Cornélia se sentia  culpado, e se odiava ainda mais. Entretando a cada momento em que ela fazia qualquer menção a Dara se corpo,se enchia de adrenalina.
  Estava na porta do Instituto, quando sentiu algo diferente, como a sensação de estar sendo vigiado, ignorou pensando que poderia ser culpa pelo o que aconteceu vinte minutos atrás.
    Passou pelo quarto de Dara, mas não teve coragem de bater na porta. Entrou em seu próprio quarto tirou as roupas, deitou na cama e deixou seu corpo relaxar, quando percebeu se dedo estava involuntariamente traçando as linhas da runa de ligação, e como da última vez, Alex dormiu instantaneamente.

The world of shadows:The Punishment of AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora