Agni é meu "Espirito". E eu sou seu "Dono", ou algo do tipo. Eu ganhei ele como um presente de família ou algo assim, não sei ao certo. Um dia, quando eu completei 6 anos, meus pais me puseram em um carro e me mandaram para a casa do meu avô, que era um dos meus melhores amigos. Os dias passaram, e minha ansiedade pra voltar para casa, estava me mantando. Não queria ficar lá. Vovô estava estranho, distante, era como se não estivesse lá. Então certa noite ele foi até a minha cama, me acordou cuidadosamente.
- Alexander! – Ele me chacoalhou. – Alexander, levanta – Ele repetiu, sua voz era baixa.
- O que? O que foi vovô? – Perguntei confuso.
- Levanta! – Respondeu.
- Mas... – Ele me interrompeu.
- Eu tenho um presente para lhe dar, Alexander! – Ele parou. – Agora levante! – Completou.
- Sim, vovô! – Confirmei com a cabeça.
- Coloque sua bota de chuva – Ele apontou para o pé da cama.
Depois disso ele segurou a minha mão, e fomos até uma floresta. Era de noite, estava muito escuro e chovia bastante. Vovô segurava um lampião, daqueles bem antigos. A floresta era muito calma, cada barulho fazia meu coração acelerar, era assustador. Queria perguntar o que estava acontecendo, mas percebi que ele já tinha respondido. Atravessamos um pequeno riacho. Depois de um tempo caminhando, minhas pernas estavam doloridas e eu estava todo molhado. Eu apertava meu coelho de pelúcia, com toda força que eu tinha, não queria apertar demais a mão do vovô. Então depois de umas duas horas caminhando sem parar, o vovô para, olha pra mim e coloca o dedo na frente da boca, como se pedisse silêncio.
Assenti.
- Vem, Alexander! - Disse ele com cuidado, estendendo sua mão.
- Certo! – Confirmei.
- Veja! – Falou ele apontando para um servo, que a princípio não tinha nada demais. – Está vendo? – Um sorriso abriu em seu rosto.
- São amarelos? – Perguntei.
- Sim, os olhos dele são amarelos, Alexander! – Respondeu.
Ele soltou minha mão e foi em direção ao bicho, que não fugiu como pensei, ao em vez disso, ficou parado como eu, era como se estivéssemos congelados. Vovô pegou minha mão e colocou na face do bicho, que como eu não recuou. Por um segundo, antes de tocar no servo e começar o ritual de ligação. Eu vi uma lágrima escorrer do seu rosto, isso me deixou triste. Quando o ritual começou, uma estranha luz amarela tomou conta do lugar, por alguns segundos pensei que estava flutuando e de fato estava, mas depois a luz foi desaparecendo e tudo ficou muito escuro, até que eu desmaiei.
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Agni e Alexander (Romance Gay)
Teen Fiction- E você ia vim me salvar? - Caçoei. - É claro, eu sempre vou te salvar! - Disse ele com um sorriso gentil no rosto. Meu rosto corou. Ele olhou para os lados, como se estivesse se certificando que não haveria ninguém ali perto. Ele pegou minha...