Cap 63 - Novo problema

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3 anos después

One month from now.

Entro correndo no prédio abandonado, olhando para tras para encontrar o homem furioso atrás de mim. Fechei a porta e tentei colocar uma cadeira que havia lá para impedir a porta de ser aberta. O estrondo na porta e cada vez mais forte, até que ele consegue abrir. O meu pesadelo entrou por aquela porta.

— Por favor, não faça nada de mal ao meu menino. — Falei em meio aos soluços.

— O seu menino não é problema meu.

Ele corre em minha direção e me pega no colo, me debato, mas é em vão.  E então eu sinto um dor forte na minha cabeça e tudo se apaga.

Acordo meio tonta, minha cabeça doía, não tanto que nem a minha perna ensanguentada pela surra que levei há poucas horas do mesmo homem.

Today

A noite passada foi bem agitada por conta do meu little Michael estar doente. Uma febre alta e uma dor no ouvido. Mas agora está tudo bem, ja passou!

— Você está mais relaxada? — Pergunta Michael ao me dar um copo de água com açúcar. Estavamos na sala de jantar enquanto Omer dormia tranquilamente.

— Aham... — Penso antes de lhe jogar uma bomba. — Eu recebi esta carta ontem a noite. Não tem remetente.

— O que será dessa vez?

— Só abrindo para saber — Lhe dou um sorriso acolhedor.

— Não adianta demonstar que está tudo bem com um sorriso, porque não está! — Diz Michael ríspido. Parecia que ele sentia, ou sabia que aquela carta não era uma coisa boa.

Ele saiu da sala de jantar e me deixou ali, sozinha. Não quero mais problemas, até porque a felicidade estava morando nesta casa. A noite se passou e eu dei mais uma olhada no meu menino. Mas Michael continuava na varanda, bebendo seu bourbon. Algo de bom não era. Mas eu não iria me intrometer, já que ele não queria dividir comigo o que havia de errado. Mas eu vi o titulo por cima da carta selada: "E o passado retorna"

O nosso passado tinha tantos fantasmas que eu não sabia qual era o pior, ou qual poderia voltar. Bom, o da minha mãe não é um problema, caso seja esse que volte. A não ser que ela me queime com suas bitucas de cigarro.

A noite é calma e tranquila, mas sou acordada com o ranger da porta, e quando olho, Omer está com sua bolinhas brilhantes na minha direção.

— O que foi meu filho?  — Pergunto preocupada esperando que ele não esteja com nenhuma dor.

— Eu tive um pesadelo, posso dormir com você, mamãe?

Assenti com um sorriso acolhedor e ele veio e subiu na cama. Dormimos enroladinhos um no outro. Ele dormiu, mas eu não. Eu gosto de dormir com o meu homem ao meu lado. Mas ele não estava aqui. Estava la em baixo com o nosso novo problema.

****

— Bom dia — Disse Michael me acordando. Olhei para o lado e Omer não estava mais ao meu lado. — Eu já levei ele a escolinha.

Dei um sorriso de agradecimento. Não contei que estamos estranhos um com o outro a quase dois meses. Esses meses estão sendo os piores da minha vida. Ele está totalmente diferente, seco, sem amor comigo. Não é o mesmo Michael. Eu não sei o que de fato está acontecendo. Talvez possa ser o processo doloroso de transformação que ele está passando, mas ele sabe mais do que ninguém que eu sou a pessoa mais confiável e a pessoa que mais o ama. Ele deveria se abrir comigo e saber que não importa o quão diferente ele esteja ficando que eu ainda amo ele. — Obrigada. — Ele se virou para ir embora e quando ele passou pelo batente da porta, eu o chamei.

Luxúria de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora