⚜ Cap: 4 - O choro de Francisca

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Olá, leitores! Tudo bem por aí?

Bem, hoje vocês desfrutarão de mais um capítulo e espero que gostem, participem e votem. E se puder, indiquem o meu livro. Obrigada e boa leitura!!!

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As colegas de quarto já arrumaram as suas camas, porém, Locke está desmaiada pelo sono. Tereza vendo que Graça e Francisca não conseguem acordar a novata. Pega o copo com água e joga no rosto da moça.

- Como você é grossa!

Concordou Francisca. E, Graça, pega rapidamente a toalha e enxuga Locke.

- Locke, assustada, ouve as palavras de boas-vindas de Tereza: "Não bastou ter tomado para si minha cama, agora quer toda atenção?"

Do corredor aponta o som dos sapatos de Sônia. Desesperadamente, as quatro correm para o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes.

- Olha quem está na frente, o palerma do Jubileu. Para que escovar o que não se tem? (Tereza sempre com seus comentários mal-intencionados)

Jubileu com a boca cheia de sabão e água, tenta responder:

- Seja cristã.

- Cristã. Cristã. Cristã. (Gargalhou astutamente)

Sônia repreende todos e manda-os para o refeitório, com pena de ficarem sem o café da manhã por dois dias.

Tereza tenta reverter a sua situação

- E você, Locke, pelo visto, foi quem ocasionou o atraso. Estou de olho.

Jubileu, Graça e Francisca acalmam a nova amiga:

- Não foi culpa tua.

Mas, isto não funcionou muito e quando Locke entra no refeitório os demais internados começam a observá-la e a cochicharem uns com os outros, o que a faz se sentir meio acanhada por tudo.

Na mesa ao lado, estavam um trio muito figura. Discutiam a quantidade de refeição no prato do outro.

Galileu deu uma gargalhada que só não riu quem era amargurado de espírito como Tereza, esparramou alegria do silêncio e olhares curiosos.

Após o café da manhã, o dia estava de sol, foram aproveitar para caminhar pelo jardim. Logo se viu o portão se abrir e entrou no carro preto o psiquiatra e diretor. Cutucou Francisca a nova amiga.

- Pare com esta esperança. Logo se vê. Somos o que somos. Tereza concordou com Jubileu. Segura na mão parte da banana.

- Calem! Calem! Calem! Francisca teve um momento de perturbação. Declarando-se que não era um monstro. 

- Menina, os homens lá fora te jugam, te condenam, não sabem nada o que se passa, aqui na cabeça.

Francisca gesticulava como um desabafo. E Locke apenas a observava.

E continuou: - Estou muito triste. Muito! muito! muito! Eu sou uma boa pessoa.

Tereza imponente, profere contra Francisca:

- Deixa de teatro. Todo mundo aqui deixou algum monstro escapar neste mundo.

Locke apoiou Francisca e defendeu-a de Tereza:

- Então, julga que se estamos aqui é porque deixamos escapar uma porcaria de monstro??? Acha certo atacar um mulher que em sua dor quer desabafar para que seu mundo interior fique pelo menos por um tempo em paz?

- Olha aqui criminosa, o que você fez não foi um horror?

- Cala sua boca (Locke, tampa os ouvidos e espreme os olhos)  - gritou a moça

Tereza responde com uma afirmativa:

- Somos todos monstros!

Francisca, chorando, repousou sua cabeça no colo da antiga amiga Graça.

- Graça, você acredita em mim que eu amo meu filho, não é?

A mulher respondeu que acreditava. E com doces olhos fitou-os nos da amiga, cantando uma linda canção de infância. 

Em Locke nasceu uma singela lembrança da sua também, era o rosto do seu querido avô Luiz.

As trêmulas mãos de Jubileu foram acalmadas por Locke.

Da porta, gritou Sônia. Pediu para Locke ir até o escritório do Diretor.

Memórias de Ninguém #WATTYS2017Onde histórias criam vida. Descubra agora