⚜A serpente do Éden

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Olá, queridos leitores!

Como é bom estar mais uma vez postando capítulo novo, é para comemorar pela posição do livro no ranking #148 hoje (23-10-17) que vocês são os responsáveis. Percebo que estão gostando. Comente ai, vamos nos interagir. Ok? Boa leitura!

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O enfermeiro devagar sentou-se na cadeira de couro italiano, em devaneio. A fim de aproveitar do escritório agradável do qual possuía o distinto Psiquiatra. Sentia-se bem naquele lugar arrumado e impecável. A serpente do Éden estava ali. Ela ainda hoje, busca corações inflamados, prontos para provar o conhecimento do bem e do mal qual seja o preço do pecado. Surpresa? Nenhuma. A sua voz é doce, o seu cheiro agradabilíssimo, o seu prato irresistível, o seu fim, terrível.

Celso Arruda olhou pela vidraça em nostalgia de saudade do que não conhecia.

- Está chovendo.

E pensou: Como é apropriado para o meu sentimento.

Retribuiu o aceno do Doutor Joaquim que passava em seu carro. E antes que pudesse dar conta;

- Ora, ora, enfermeiro Celso. Nem se espera mais o corpo do defunto esfriar... (Disse Sônia soltando uma gargalhada).

- Deixa de ser besta. (Empurrou-a para fora do escritório e passou a chave).

- Não se preocupe, querido. Segredo nosso! (Disse Sônia como se estivesse descoberto algo comprometedor. Estava jogando.)

- Bem, vou estar lá no meu quarto. Qualquer coisa me chama.

- Não se esqueça da hora do chá dos presos.

- Não!

Ficou ali parado enquanto Sônia sumia de vista.

Casa do Dr. Joaquim

Mesmo chateada com o atraso do marido, Dona Eva foi busca-lo no carro com o guarda-chuva para livrá-lo de um resfriado.

Requentava o jantar para que o amado provasse sua deliciosa comida. O marido ainda no banho, aproveitou para retocar o batom e o perfume.

A profissão de seu marido muitas foram às vezes que a chateou e ainda hoje, com emergências que o sequestram dela, em meio a um jantar, como este, em eventos familiares. A propósito, falando de família, o casal Joaquim e Eva, eles não tiveram filhos. Ela filha única, ele; apenas, uma irmã que teve um único filho.

Com a mesa posta e deslumbrante em adornos e velas, em clima de comemoração pelos trinta anos de casamento. Os pombinhos aproximaram da mesa.  Ele se arrisca em modos cavalheirescos, puxando a cadeira para a Eva.

- Está tudo muito lindo como sempre, meu amor! Pegando em sua mão, beijou-a.

O clima seguiu de fato encantador.

Eva Calliento apreciava o marido durante o jantar e ela pensou que deveria perguntar, mesmo que não se simpatizava com o trabalho de Joaquim, como tinha sido o seu dia. Além das emergências, temia pela segurança do marido.

- Então, Joaquim, ocorreu tudo bem por lá?

- No geral, querida, sim. Tivemos um caso de surto de uma moça pelo sumiço do seu diário e, infelizmente, recebemos a visita daquela Assistente Social, que já te falei.

- A tal da Gláucia?

- Essa.

- É que a situação dela é bem desconfortável. Parece que ela amava o marido.

- Bem delicado.

- A gente espera que o casamento seja eterno.

- Verdade, querida!

- Mas, deu certo?

- Sim!

Joaquim observou como sua esposa era bonita igual ao primeiro dia que a viu.

- Minha querida, eu consegui responder a tudo que a mulher perguntava, só ficou faltando o relatório da moça que surtou. Àquele de quem te contei, Júlia Alcântara Barbieri que atende por Locke.

- Sim, sim! E achou o diário?

- Ainda não. Vou pensar sobre.

- Mudando de assunto, quero dizer que você está belíssima, meu amor! Você sabe que eu te amo, não sabe?

- Eu sei.

- Quando piso naquele "eterno lar", como apelidaram, fico um pouco estressado. E nunca sei o desenrolar das próximas cenas. A vítima lá sou eu, querida. Por isso é difícil fazer um compromisso ou não chegar atrasado nele. Sei o quanto você tem sido paciente durante esses longos anos.

Mal acabou de falar, o telefone tocou. Dessa vez a culpa era dele. Havia combinado com o estagiário de conversarem.

- Querido, é um tal de Lucas, disse que é sobre o estágio.

- Tudo bem!

Deu um beijo na testa da esposa e atendeu o médico no escritório.

- Boa noite, senhor Lucas!

- Boa noite, Doutor Joaquim!

- Fico feliz que tenha lido minha resposta enviada por e-mail.

- Nossa! Sou eu que estou muito feliz e agradecido. O doutor é um dos melhores do país. Estou ansioso para começar.

- Ah! Não é para tanto! Quase nem me lembro disso. Podemos começar amanhã?

- Sim. Sim.

- Sabe que lá é barra pesada?

- Eu pesquisei bastante sobre o Instituto.

- Torço para que as fontes tenham sido confiáveis.

- Com certeza! Então, foi um prazer. Mais um vez obrigado e até amanhã!

- Até amanhã, jovem!

Depois retornou para a esposa que o esperava para a sobremesa de torta de morango.


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