Timidamente

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Timidamente

Evita cruzar com o seu olhar

Porque que sabe que irá revelar

Muito mais do que pode mostrar

Pontas soltas, uma história no ar

Uma versão que fala de amor

Mas que escrita com dor

Nunca publicada será

Melhor nada, que arriscar provar

Um veneno que não tem cura

Uma doença que para sempre dura

Que meu corpo vai paralisar

Sempre que sentir você chegar

Mostrando uma versão indiferente

O contrário do que realmente sente

Ao menos é assim nos meus sonhos

Final feliz, não o abandono

Sozinho o tímido já está

Esconde-se nas sombras, no pensar

Arriscar palavras lançar

Sua esperança é um dia acertar

A palavra que o revele

Que o traduza por completo

Sem mascaras, ou medos de infância

Que liberte todo amor, espalhe a fragrância

De um sentimento puro e verdadeiro

Que a tanto tempo é cultivado

No seu interior solitariamente

Compreendido será finalmente

Curando todo mal do silencioso veneno

Devolvendo-lhe a vida no momento

Que enfim irão se tocar

Uma caricia, um beijo, enfim voar

Para um lugar onde timidez não exista

Sem medo de cruzar com seu olhar

Onde o amor não abra a ferida

Que hoje está a lhe castigar

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