Correntes de Éter
Aquela chuva tão pálida
De algodões cinzentos a desabar
Não distingue o alegre ou o triste
Acompanha um lado sem pensar
No vazio daquele silêncio
Na agonia das noites frias
Eu ainda não sabia
Que o fim nem sempre se anuncia
Olhar perdido para o horizonte
Buscando o encontro no infinito
O paralelo incerto do destino
Adivinhando o lado que estás a olhar
O impacto brutal que estilhaça
O poder do sangue que une
Não sei o motivo que me punes
Provocando tanto esse quebrar
Olho ao redor e vejo pedaços
Sei que esses nunca mais terei
A cada dia menos completo
Até que um dia nada serei
Lágrimas pontiagudas, laminas disfarçadas
Cortando a pele, provocando dor
Expondo a carne já cansada
De tanto se recompor
O grito contido no silêncio
Uma oração, o ultimo suplicio
Tentando transformar o mundo
Em um lugar melhor, um hospício
Com a sanidade ausente
Buscando revelar o inconsistente
Leve, verdadeiro e inocente
Expondo o sentimento latente
A falsa urgência do olhar
Buscando o invisível sem cessar
Carrego a ancora do mundo
Correntes de éter a arrastar
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Mundo dos Textos Picotados
ŞiirUm dia acordei picotando as frases, rimando sentimentos, fazendo a vida rimar. Decidi escrever. O resultado? Publicarei aqui. Textos picotados, rimados, sonhados. Nuvens sob os pés, voar ao invés de andar. Formas sem cor, exaltando o amor ou simples...