Controle

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Controle

Uma flâmula tremula e cândida

Bela e artificialmente plástica

Que pouco aquece e nada ilumina

Que insisto em proteger como minha

Penumbra que gera mil tropeços

Deixando meu mundo do avesso

Lentamente ministra o doce veneno

Suave toque da mão, sereno

Rotas soltas traçadas no ar

Andando em círculos perdido está

Não busca ajuda, não quer aceitar

A real imagem que insiste ignorar

Fruto de sonhos e esperança

Frágil amor que não cansa

Em ficar em segundo plano

A loucura contida do insano

No espetáculo de origem perversa

Que sempre aguarda sem pressa

A chama verdadeira se mostrar

Iluminar sua vida, aquecer o lar

Roupas que escondem os espinhos

Luvas que ocultam as garras

Invisíveis mantem as amarras

Da ilusão por desta necessitar

Porque se a verdade aparecer

Rapidamente ira perecer

O que hoje te parece vital

É o que rouba sua vida afinal

Quando a névoa enfim desaparecer

Dentro de ti poderás ver

O falso agrado só te fez sofrer

Roubou lhe a chance de realmente viver

Não importa mais com quem sonhas

Nem tão pouco com quem deitas

Saiba que só existe controle

Quando o controlado aceita

***

Mundo dos Textos PicotadosOnde histórias criam vida. Descubra agora