Primeiro de agosto, oito horas da manhã. Cassie já estava acordada e se preparava para ir para o Aeroporto - tomou um café preto forte sem nenhum acompanhante. Estava muito eufórica para comer alguma coisa, disse para a mãe que comeria no avião, mentiu -, seu voo ia sair das 11 horas da manhã.
Sua mãe deu uma carona até o aeroporto - claro, se despediria melhor da filha -, enfrentaram um trânsito forte e teve um acidente durante o percurso do veículo até seu destino, numa avenida principal um ciclista entrou com tudo na frente do carro delas. Nada de grave aconteceu com os envolvidos no acidente. Ele apenas atrasou um pouco elas, mas não o suficiente.
Logo que Cassandra chegou ao imenso aeroporto, observou alguns aviões estacionados. Dirigiu-se até o guichê da sua companhia aérea e fez o check-in.
Nerci a levou até uma lanchonete próxima para ela comer alguma coisa.
- Menina, você precisa comer alguma coisa. Saco vazio não para em pé, filha. - Nerci disse, puxando ela para o braço.
- Mãe, já disse que vou comer no avião. Não se preocupe - mentiu Cassie. Seu estômago estava doendo, tudo rodando, ela estava muito nervosa por seu primeiro voo internacional.
- Mas não mesmo, mocinha. Vai comer algo sim - disse Nerci, comprando um lanche de peito de peru para a filha.
- Mãe, você quer me engordar? - brincou Cassie, dando um sorriso e beijou o rosto de sua mãe. Nerci comprou outro lanche para ela, mas esse era de recheio de frango. Delícia
Como praticamente era o último dia que elas tinham juntas, aproveitaram para conversar de tudo ao mesmo tempo, pareciam duas vizinhas colocando as fofocas em dia. Até que o celular de Cassie tocou. Era Aaron.
- Oi - sua voz estava falhando. - Oi gata, por... favor, não se preocupe. Eu estou bem - disse o rapaz do outro lado da linha.
- O quê? - exclamou a garota. - Que história é essa de estou bem? - berrou a ruiva.
Aaron sabia que quando Cassie falava seu nome, ela estava muitíssimo brava com ela.
- Baby, é que eu sofri um aciden... - ele não estava conseguindo falar, sua voz falhava. Aaron havia sofrido um acidente no trânsito enquanto estava a caminho do aeroporto para despedir-se da sua pimentinha - apelido que ele dera-lhe, por causa do seu cabelo vermelho.
- Aaron, onde você está? Por que não consigo te ouvir? - Cassie ao mesmo tempo em que estava irritada com ele, também estava preocupada. Seus braços arrepiaram-se, sentiu um frio na espinha, pensamentos ruins vinham a sua mente e ela começou a chorar de desespero, seus olhos imediatamente ficaram vermelhos e suas sardas destacaram-se. - Não acredito que isso está acontecendo, justo hoje... - ela falava alto para que todo mundo que estava próximo ouvisse.
- Aaron... Aaron... Aaron, você está aí? - perguntou, tentando se manter mais calma possível. Sua mãe sem entender nada do que estava acontecendo, apenas abraçou a filha e pediu que ela se acalmasse.
- Alô, quem fala? Quem está falando? - Cassie ouviu uma voz masculina do outro lado da linha, mas não era Aaron.
- Oi, sou Cassandra Banks, a namo... a amiga de Aaron - disse rapidamente.
Não, por favor. Não, Meu Deus, Aaron não pode estar morto... Não pode. Justo agora, não... pensou, enquanto segurava a mão de sua mãe forte e chorava descontroladamente
Houve-se um silencio do outro lado da linha, e a voz tornou a falar com ela.
- Sou Anderson, paramédico. E estamos aqui no local do acidente. Seu amigo perdeu o controle e bateu num poste. Testemunhas disseram que ele estava correndo - falou calmamente o socorrista, afim de passar estabilidade da situação.
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Deixe-me viver
FantasiSinopse: Até que ponto você chegaria para recuperar aquilo que perdeu? Cassandra Banks vive nesse dilema desde que, um dia nas noites escuras de Londres, foi surpreendida por Arthur Vinks. O que poderia ser apenas um flerte acabou por ter consequên...