O que vou fazer?

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Caminha rapidamente em direção à janela e não acredita em que seus olhos estão vendo, sua amiga amarrou vários lençóis e está descendo ele.

Pati— meu Deus Ana, o que você acha que tá fazendo? Você não vai fugir né?— sua amiga percebe uma mochila no chão.

Ana—santo Deus! Que susto Pati—antes de colocar os pés no chão leva a mão direita ao coração.

Ainda com o coração palpitando ou melhor pulando do peito mais que pipoca, pega sua mochila encara sua amiga

Ana— vou pra casa do meu pai, ele me deve umas explicações— fala colocando a mochila nas costas.

Pati— que tipo? O que aconteceu?— pergunta aflita.

Ana—todos eles mentiram pra mim, descobri que minha mãe não é minha mãe, depois eu vou explicar direitinho pra você e para as meninas

—agora preciso ir na casa do meu pai antes que minha mãe der por minha falta— fala fazendo aspas em mãe

Despede-se de sua amiga, caminha pensativa a passos curtos em direção à casa da Isa.

Clara

Clara nesses dias está sentindo-se mais estranha que antes, está com tonturas, acha que deve ser pressão baixa.

Está inchada, acha que deve ser por que já deveria ter menstruado, acha estranho todos esses sintomas, supostamente acha que deve ser o fato da mudança feminina.

Está mentindo pra ela mesma, tenta falar com seu namorado Victor, mas não consegue sempre está ocupado.

Está trabalhando e estudando, não tem mais tanto tempo assim para os dois, ela está sentindo-se sozinha e triste.

Ela tomou uma decisão e queria ele por perto, caminha até o banheiro do seu quarto faz xixi e espera o resultado implorando que não dê nada.

A espera está lhe matando, caminha impacientemente de um lado para o outro, dá o tempo, ela corre em direção do que ela aguarda.

Começa entrar em desespero, não acredita que sua vida pode ter mudado de um minuto para o outro, o teste de gravidez deu dois pausinhos, indica que ela estava grávida.

Clara— meus Deus, minha mãe vai me estripar viva— caminha de um lado para o outro com as mãos na cabeça pensando em uma saída pra isso.

Não sabe o que fazer, o Victor não atende suas ligações, sua mãe quando souber sabe-se lá o que irá fazer com ela.

Sabe que suas amigas estão de castigo mas precisa conversar com alguém se não vai explodir, caminha até a casa da Chocho, mas não encontra sua amiga, vai para casa da Pati e os pais da mesma pede a ela que se a encontrar para ela ir jantar.

Pensa em ir para a casa da Ana, mais sabe que a bruxa não permitiria que elas conversassem, então caminha em passos preguiçosos para a casa da Isa.

Pensando como sua vida iria mudar drasticamente com uma criança, não se via com uma, ela era uma menina tem muita coisa pela frente.

Chega na casa da Isa encontra a porta encostada e fica surpresa que a Chocho está no sofá abraçadinha com Henrique.

Clara— o que eu perdi?— está surpresa e feliz— poxa to tão feliz por vocês dois, já passou da hora—tenta mostrar que realmente está feliz.

Ela está feliz mas a situação que encontra-se não deixa transparecer.

Chocho— Clara o que você tem?—Clara não conseguiu conter-se,  desabou a chorar ali mesmo.

Não conseguia balbuciar nada, apenas chorava e soluçava, Chocho estava entrando em desespero por ver sua amiga nesse estado.

Não sabia o que estava acontecendo, pedia para Clara respirar e expirar, para ficar calma, mas não adiantava.

Chocho— Clara, Clara, olha pra mim, amiga olha pra mim, segue meu ritmo, respira e expira, oxigena o cérebro— Clara acompanha o ritmo da sua amiga.

Henrique foi pegar um copo com água e dar para Clara, que pega trêmula, Chocho agradece seu namorado.

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