Capítulo 4

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Isabella

Pego minha mala na esteira, ligo meu celular para acessar ao meu email e pegar o endereço do hotel.

Minutos depois entro no táxi e ainda pensava nele, sei que não o veria nunca mais, mas seu rosto demoraria a sair das minhas lembranças.

*

Chego ao hotel e descubro que era um tanto distante da marina onde seria realizada a feira de exposições. Não podia ser diferente, estava começando a odiar essa Janaína. Tomo um banho demorado, iria dar uma volta antes do almoço para conhecer os arredores, tentaria conhecer o que fosse possível, sabia que assim que começasse a exposição seria impossível sair, e minha volta ao Brasil está marcada para o dia seguinte ao término da exposição.

*

Já estou caminhando há umas duas horas, estou tão encantada com o lugar, isso aqui é lindo, estou impressionada também com a quantidade de brasileiros que encontrei por aqui só nessa volta que estou dando, claro que tinha aproveitado e feito umas comprinhas, não resisti. Muitos dos brasileiros que encontrei trabalhavam nessas lojas, também na cafeteria que entrei. O dia está tão lindo, o céu é de um azul inacreditável que combina perfeitamente com o tom da água do mar, pessoas andam tranquilamente de patins, bicicletas, com cachorros e crianças em plena quarta feira. Parece uma cidade de gente feliz e que vive de férias. Tão diferente da correria de São Paulo, das pessoas se esbarrando o tempo inteiro por conta da pressa, metrô lotado, engarrafamentos. Eu moraria aqui fácil, agora entendo porque o moreno delícia se mudou para cá.

Volto ao hotel e já são 19 horas, almocei pela rua e continuei andando, nem acredito que estive em Palm Beach. Que lugar lindo! Só voltei para o hotel porque o cansaço realmente me obrigou, dormi mal a noite passada e amanhã tenho que estar cedo na marina. Sr. Marcos e os meninos chegam pela manhã, mas não irão direto para lá, então eu tenho que ir adiantando tudo, para que na sexta esteja tudo em ordem, que tudo corra bem até o final e que essa feira seja proveitosa para a empresa, será se Deus quiser!

*

Acordo e já são 6 horas, mas algo em mim grita que esse relógio está errado, parece madrugada ainda. Mesmo assim arrasto meu corpo da cama e sigo para o banheiro, o dever me chama.

*

— E aí minha filha, como anda tudo por aqui, algo pendente? — respiro aliviada ao ver o Sr. Marcos

— Que bom que o Sr. chegou, preciso da sua assinatura nesses dois documentos de liberação para as mercadorias entrarem. — ele sorri e pega a caneta.

— Está tudo certinho aqui? — indaga-me olhando o documento.

— Está sim, só assinar, já conferi tudo. — assente e assina as duas folhas, ele confia muito em mim e me orgulho muito de ter conquistado essa confiança.

Passamos o dia arrumando o stand, o Sr. Marcos já tinha voltado para o hotel, descobri que o deles era tão perto daqui que não chegava a 10 minutos de caminhada, já o meu eram 15 minutos, mas de carro.

— Não entendi, porque não ficou no mesmo hotel que nós? — Gabriel indaga ao pararmos na calçada para eu pegar o táxi.

— Pergunta isso para a Janaina, ela fez isso. — ele começa a rir e me irrita.

— Desculpa, Isa, não estou rindo de você, se quiser até troco de hotel com você sem problemas. — diz vermelho de tanto sorrir.

— Então, não entendi a piada.

Minha Sentença é VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora