"Carnaval"

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Olááááá! 

Então, eu achei esse "conto" perdido no meu computador e resolvi postá-lo porque ele tá muito fofinho para guardar para mim. 

Espero que vcs gostem e que eu receba algum retorno. 

Beijo, mamain ama vocês <3 

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Aconteceu no carnaval.

Eu resolvi sair pra folia e conheci um cara maravilhoso.

Ficamos no meio daquela confusão mesmo, como toda boa relação solteira(o) x gringo(a) nos blocos da vida.

Mas nosso beijo esquentou demais então fomos para um motel. Isso mesmo, um motel!

"Toda brasileira é como você?" ele me perguntou enquanto nos afundávamos naquela cama enorme que ainda parecia pequena para nós dois.

"Eu espero que não" murmurei de volta ofegante, o obrigando a voltar a me beijar.

Depois desse dia, eu fugi. Na verdade eu fugi dos blocos, por isso não nos encontramos mais. Como eu estava temporariamente sem celular e, consequentemente, sem muito contato com o mundo digital, só fui ver que ele tinha me adicionado nas redes sociais 1 mês depois, que foi quando ganhei um celular novo.

Passamos a conversar então, e apesar de estarmos a um oceano e várias milhas de distância, nossa química era palpável. Eu não podia ir para seu país pois eu havia acabado de começar a faculdade, e ele não podia vir para o meu por um motivo bastante semelhante – havia arranjado um emprego. Então ficamos somente por Skype e avulsos, e eu fui me apaixonando cada dia mais por ele.

Acho que foi isso que me fodeu quando ele resolveu que tinha que me contar uma coisa.

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Eu não aguentava mais guardar aquilo para mim, estava me sufocando, e me impedindo de amá-la sem culpa. Então lá foi meu desabafo: 1 mês e alguns dias depois de nos conhecermos, quando já estávamos nos falando por Skype, eu estava no Brasil. E não, não avisei a ela, assim como ainda menti dizendo que estava na casa da minha avó naquela época. E, claro, pra completar as burradas todas juntas, ainda transei com três brasileiras.

Era como se eu quisesse me desintoxicar dela, na época. Na verdade, esse foi exatamente o meu pensamento, porque eu já a amava. Resolvi tirar à prova o que havia perguntado, e realmente; ninguém se igualava a ela. Ninguém mesmo.

Ela ficou em choque, chorou, brigou um pouco até, e depois desligou na minha cara. Não quis falar comigo direito por dois ou três dias, e eu já estava quase enlouquecendo quando ela me ligou no Skype. Seu rosto estava inchado, principalmente seus olhos, seus lábios vermelhos demais e o cabelo embolado num coque mal feito no alto da cabeça. Apesar disso, eu ainda a achava a melhor mulher já vista por mim e a melhor que havia me acontecido.

"Eu pensei muito nesses dias, pensei tanto que não consegui dormir ou fazer qualquer outra coisa produtiva. Eu preciso tirar isso a limpo, por mais que doa, e como dói. Você criou vínculo afetivo com alguma delas, não foi? Por isso resolveu me falar, porque não me queria mais e se apaixonou por uma delas" No final da frase minha menina pôs as mãos no rosto e caiu em um choro compulsivo.

Meu coração se quebrou em mil pedaços.

Eu havia feito tanto mal a ela em apenas alguns meses, como eu podia ser alguém bom o suficiente para passar anos ao seu lado como gostaria?

Mas eu seria um cara corajoso e insistente e repararia cada pedacinho de erro, começando por não deixar que ela pensasse coisas erradas sobre o que tínhamos.

"Não! De jeito nenhum! A única que eu amo é você"

Seus olhos me miraram praticamente imediatamente e ela ficou daquele jeito, a boca escancarada, me olhando por vários segundos.

"O que você disse?" ela murmurou baixinho e eu sorri, sabendo exatamente o que ela não acreditava que havia ouvido.

"Que eu amo você. Era disso que eu estava tentando me enganar, mas vemos bem aqui como eu não consegui. Eu não quero te perder, nem hoje ou nunca, quero ir para o Brasil e ficar com você para sempre. Tô permitido?"

"Já era para estar aqui" resmungou com uma sombra de sorriso.

"Justo" eu disse e ela riu um pouco, revirando os olhos.

"Você foi e é um babaca, mas eu te amo desse jeitinho mesmo"

Meu coração se aqueceu completamente com seus olhos brilhando diretamente para os meus e eu quis que estivéssemos perto para que eu conseguisse mordê-la.

Mas menos de um mês depois eu já estava me mudando para perto dela, do meu anjo, e não pretendia sair dali nunca mais. 

My deepest.Onde histórias criam vida. Descubra agora