07 (Revisado)

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Já era tarde da madrugada e Oliver estava em seu quarto impaciente e sem sono, depois que saiu do escritório do pai de Iago e Suelly entrou, ela ainda não havia saído de lá.
A situação era estranha considerando que todos os outros já haviam se deitado.

O garoto se levantou da sua cama e andou até a porta, abrindo-a e bisbilhotando o corredor silencioso. Caminhou em passos leves evitando fazer qualquer tipo de ruído.

Foi em direção ao escritório que estava com as portas fechadas, mas podia ver a luz de dentro ligada. Encostou-se na porta e tentou ouvir a conversa.

Não vai poder esconder por muito tempo, ele irá saber! — Oliver reconheceu a voz do Patrício.

Você não pode exigir isso de mim, é uma decisão minha! — A voz de Suelly soou em tom baixo e murmurador.

Você não deve cegar o garoto, temos agora a oportunidade de concertar as coisas, ele tem que saber!

— Oliver sempre estará bem enquanto estiver comigo. Revelar isso agora é algo prejudicial e desnecessário, ele é meu filho e nada e nem ninguém vai me tirar ele, por favor, me de licença.

O garoto voltou para o quarto rapidamente, com o cuidado para não ser notado, deitou-se na sua cama e fingiu estar dormindo.

Suelly entrou no quarto, claramente alterada, foi até Oliver e o beijou, acariciando o seu rosto.

Logo depois foi até seu guarda roupa e pegou um álbum de fotos.

—Eu te odeio...Eu te odeio tanto. —Suelly tirou algumas fotos do álbum e começou a rasgar, chorando descontroladamente. Depois de minutos descontando sua ira nos papeis, ela se deitou na cama caindo num profundo sono rapidamente.

Oliver concluiu por si só que ainda havia muitos enigmas de sua vida para descobrir.

O que causou incomodo e o fez perder o sono. Levantou-se de as cama e abriu a porta do quarto, saindo e a fechando cuidadosamente.

Foi até o jardim completamente escuro, se sentou num dos bancos e ficou olhando para o alto admirando as estrelas, mas em sua cabeça havia uma completa confusão sobre tudo o que estava acontecendo. Nada estava saindo como ele esperava que fosse acontecer.

— Também perdeu o sono? — Iago sentou-se ao seu lado.

Um leve e profundo respiro surge como resposta à sua pergunta.

Os dois de olhavam, mas não diziam nenhuma palavra. Uma brisa gelada passeava entre eles, Oliver se encolhia pelo frio.

— Vista! — Iago retirou sua camisa de moletom e entregou ao garoto. A roupa estava impregnada com o perfume de Iago, o cheiro era maravilhoso, era forte, destemido, era apaixonante.

—Oliver, se eu te pedisse algo...

—Sim?

"O que ele poderia querer de mim?" foi o que venho a mente de Oliver após ouvir aquelas palavras que pareciam ser pronunciadas com pesar.

— Não desista da nossa amizade por causa de outras pessoas — Iago procurou mais significados para descrever o que sentia —Eu gosto de você, e não quero que um dia se afaste. — Disse resumidamente.

—Se depender de mim nós sempre vamos ser amigos. — Oliver sorriu como se fosse algo consolador — Mas porque está me dizendo isso?

— Eu acho que você precisava saber o quando sua amizade é importante para mim.

— Eu acho que sei.

— Não crio afeto tão fácil com as pessoas — Iago fechou os olhos encostando sua nuca no banco.

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