01 (Revisado)

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Dentro de um táxi, Suelly e Oliver estavam a caminho da casa onde a mulher residia e prestava serviço.

Suelly era empregada doméstica e vivia na mansão da família Monteiro, que era farta e rica.

Oliver sentia a ansiedade fazendo seus dedos tocarem os joelhos impaciente, havia um certo receio em saber como as pessoas do lugar iriam o receber.

— Suelly, não irei incomodar mesmo ficando lá?

— Mas é claro que não! — A mulher segura a sua mão — Eles vão amar você.

— É linda essa cidade, não é? — Suelly tentava puxar assunto.

— É sim... — E Oliver evitava o máximo possível.

A Mãe do garoto queria tanto a atenção de seu filho que por um momento se esqueceu da perda e o motivo do garoto estar tão quieto, a morte do seu próprio pai.

— Estou tão feliz com você aqui, que até acabei de me esquecendo do que aconteceu... Como está o seu coração? Sente muita falta dele?

—Sim, era meu avô, meu pai e mãe.

O garoto responde normalmente, mas soou mal para Suelly, que se sentiu um fracasso como figura materna.

— Me desculpe, Oliver.

Disse começando a lacrimejar.

— Pelo quê?

—Por não estar com você quando era pequeno e ter te deixado — Suelly disse em tom baixo.

— Talvez todo esse tempo que fiquei longe de você, nos tornou distantes.

O garoto começa a se sentir culpado por não conseguir se comunicar, talvez ele não estivesse sendo muito agradável.

— Só estou um pouco aéreo pela morte do meu Avô, não se preocupe!

Sem jeito o garoto abraçou a mãe.

O taxi para e Suelly abre a porta do carro.

— Chegamos!

—Tão rápido?

Oliver sai do carro e fica totalmente admirado com o cenário que vê.

Um gigantesco condomínio com casas que pareciam castelos de tão grandes e cobiçadas.

Não conseguiu se imaginar andando pelas calçadas e como as pessoas que moram ali devem ser metidas e provavelmente fariam pouco caso dele.

Suelly ajudou o garoto com as malas e o conduziu até a recepção do quarteirão.

A mulher enquanto falava com o porteiro, sorria a todo momento, talvez a tensão entre ela e Oliver finalmente estivesse esvaindo.

O garoto estava apenas a admirar as casas até ver um rapaz surgir e atrair sua atenção.

O rapaz era moreno e andava sem camisa, exibindo todas as suas tatuagens, seu cabelo era perfeitamente negro, e sua boca desenhada, um pequeno alargador na orelha que trazia mais charme ainda.

Ao perceber que Oliver o fitava com o olhar, sorriu e deu um "alozinho".

— Iago!

Suelly chama o garoto.

Oliver teve algo que deduziu como um mini infarto, seu corpo estremeceu ao perceber o garoto mudar a direção e atender o chamado de sua mãe.

— Esse é o meu filho.

Ela sorri esbanjando orgulho.

— Oi, muito prazer!

O rapaz chamado Iago, estende e a mão para cumprimentar, Oliver não tem reação alguma, em suas expressões corporais, morria de vergonha e se sentia intimado pelo garoto, e antes que alguém percebesse esses sinais, ele apertou a mão do garoto.

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