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— Ela estava tão bem... — Oliver disse pegando na mão fria de Crystal — Ela estava feliz,e nem ao menos pode ver o filho... Ela morreu sem ver o Felipe!

— Que cruel! — Suelly chorava — Ela estava mudando... Ela estava tão feliz...

Crystal estava com os olhos fechados e com um sorriso no rosto.E os aparelho já haviam sido desligados.

 
Paulo estava chorando descontroladamente ao lado de sua filha.

A Dor de perder uma filha.

— Eu... Sinto muito pai,eu juro que faria qualquer coisa... — Oliver abraçou o homem.

  "É questão de tempo Oliver... É questão de tempo!" O garoto dizia a si mesmo.

— Minha filha,tão cheia de vida,tão nova... Eu não posso aceitar — O homem sussurrava.

— Eu sei pai,eu também sinto.

Paulo não parecia enxergar que sua filha havia partido feliz,e que provavelmente agora ela estaria melhor.

Oliver e Suelly enchugavam as lágrimas.

Depois de algum tempo,Paulo cessou o choro. Mas ficando em silêncio durante um longo tempo.

— Com licença,alguém poderia me acompanhar e assinar os papéis de óbito? —  A médica perguntou sem nenhuma expressão no rosto,como se nada ali tivesse acontecido. — E peço que saiam da sala,vamos retirar o corpo.

Paulo apesar de inconsolável,não discutiu.

   Os três saíram acompanhados da médica.Paulo acompanhou a mulher para poder assinar os documentos deixando Oliver e Suelly para trás.

Oliver respirou fundo,segurando o choro o máximo que podia.

— Bom,meu amor... Vamos acreditar,ela estava bem,o sorriso no rosto dela,deixa tudo explícito — Suelly passou as mãos nas costas de Oliver.

— Poderia ter sido eu mãe... Mas Crystal levou o tiro por mim. — Oliver limpou os olhos. — Ela morreu pra me defender!

Suelly abraçou seu filho novamente...

— Bom,meu amor... A Crystal se foi,não podemos mais fazer nada por ela... Na verdade,eu acho que ela ficaria feliz,se não deixássemos o filho que ela acabou de dar a luz tanto tempo sozinho não acha? — Suelly apontou para uma sala com vários bebês recém-nascidos.

  Ele será seu e do Iago...

A voz de Crystal ecoou a mente de Oliver junto com o frio na barriga.

— O que foi querido? — Suelly perguntou ao ver o garoto claramente  alterado.

— Mãe...Crystal queria que eu ficasse com o Felipe,mas eu... Eu acho que não me sinto pronto ainda... — Oliver respirou fundo.

Suelly sorriu.

— Eu fico feliz que ela tenha confiado o bebê a você... Mas não tem o porquê se desesperar meu amor... Aliás,eu vou te ajudar com ele.

— O problema é chamar-lo de meu... Eu quero,mas eu tenho medo. — Oliver explicou.

— É uma grande responsabilidade,mas é recompensadora... — Suelly assegurou.

Oliver mordeu os lábios,e se estava completamente consumido pela ansiedade.

— Vamos conhecer o nosso bebê! — Suelly disse colocando seus braços em volta de Oliver e o levando até uma enfermeira que estava parada em frente a sala.

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