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Ja eram ao menos sete horas e meia da noite.
   Toda  a família de Iago estava na sala de jantar,esperando serem servidos.
  Ao lado de Iago,estava Oliver,que esperava a  declaração que o outro rapaz deveria fazer.

  Elaine, como sempre, estava com seu olhar de reprovação para Oliver,mas ainda por Iago,pois o que os dois tinham já era algo óbvio demais,e era questão de segundos até Elaine explodir novamente.

— Eu tenho uma coisa para dizer antes do jantar...  —  Iago disse chamando a atenção de seu pai e sua mãe.

— Sim? — Patrício se deu atento para o que o filho iria dizer.

Oliver colocou sua mão sobre a perna de Iago por debaixo da mesa,como um sinal de que estava ali,e Iago pegou sua mão, forçando toda a positividade.

— Eu vou sair de casa...

Patrício e Elaine se entreolharam incrédulos.

— Está maluco? —  A mulher perguntou.

Iago revirou os olhos enquanto a mulher começou a fazer um longo drama,sinceramente,ela não se importava que ele fosse embora,mas ela sabia que algo tinha haver com Oliver,e ela não iria permitir.

— Mas porquê quer ir morar em outro lugar Iago?! —  Patrício perguntou ao seu filho.

  Diferente de Elaine,Patrício não procurava julgar ou apenas repreender seu filho,primeiramente ele procurava entender o que acontecia.

— Exatamente por isso... —  Iago levantou sua mão indicando sua mãe.

— Qualquer coisa que eu faça é motivo desse chilique...

— Apenas por isso?

— Sinceramente essa é só uma das razões, eu preciso mudar,eu preciso buscar minhas dependências e necessidades, e correr atrás delas.

  Ao dizer isso,Iago olhou para Oliver, que basicamente entendeu sua declaração de um modo clichê.

— Não Iago, não é tão simples assim... Você só tem... Dezoito anos — Patrício respondeu —  Essa necessidade de ser independente que você esta sentindo é passageira.

— Qual é pai,eu tenho certeza que não é... Aliás, não vamos ter problema nenhum com isso.

  Patrício relutava com a ideia de permitir seu filho morar em outro lugar.

— O senhor pode me arrumar um emprego, eu posso ter minha própria grana e me sustentar só...

— Afinal, se o senhor não quiser me ajudar,sabe a facilidade com que arrumo empregos, de um modo ou de outro,eu vou acabar saindo logo daqui...

Patrício riu da determinação do seu filho,mas conhecia Iago,pois assim como ele, quando queria algo,ía até o fundo do poço.

— Então Pai,É uma ótima maneira de me presentear pelos meus dezenove.

— É seu aniversário? —  Oliver perguntou e Iago riu.

— É, eu acho...

  Logo o jantar finalmente chegou a mesa.

— Mas pretende morar sozinho,ou com alguém? — Patrício perguntou se servindo

— Eu não sei... — Iago respondeu servindo a Oliver.

Patrício ficou olhando a cena que se passava,o cuidado que Iago tinha com Oliver não era algo normal.

  Aliás, era mais que estranho que Patrício ainda não tivesse notado algo mais revelante que uma amizade entre os dois

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