Toques Indesejáveis

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- Como você conseguiu dormir no seu quarto tranquilamente, depois disso? - Ícaro questiona

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- Como você conseguiu dormir no seu quarto tranquilamente, depois disso? - Ícaro questiona.

- Quem disse que dormi? - rebate Juliana.

Os adolescentes riem com tamanha sinceridade, afinal, era Juliana: a mais hilária quando se trata de terror.

Descontraídos, assim permaneceram até serem interrompidos por Karen que também se comunicava com espontaneidade, fazendo pausas para que conseguisse dizer algo. Contudo, levou algumas tentativas para que ela conseguise de fato ser ouvida.

- O meu último acontecimento foi mais do que apenas estranho, foi além de tudo, constrangedor - pausou, antes de iniciar a fala, mostrando que a lembrança não lhe era agradável - como vocês já podem imaginar, o local em que ocorreu foi o quarto.

Estava tentanto dormir há um bom tempo por conta da maldita insônia que permite aqueles minutos longos virarem horas, apenas para ver você entediado e impaciente, completamente ansioso para que a escuridão em frente aos seus olhos se apague e você vire mais um dos inconscientes em sua casa, e em sua vizinhança.

Acredito que estava quase adormecendo até sentir uma mão passear pelo meu corpo.

De fato foi algo que me deixou com calafrios, temendo não só um espírito, mas também uma pessoa, mesmo que tal coisa fosse impossível já que meu quarto estava trancado e a única pessoa ali presente, era eu.

Com medo, me mexi para me certificar se não era apenas minha imaginação. E por sorte, ou não, realmente parou por alguns segundos; o que me deixou mais calma por um certo tempo.

Mas, infelizmente, me manti pacífica por poucos segundos, quando inesperadamente senti outro toque, e desta vez eram duas mãos passando por todas as partes do meu corpo, partes essas, inimagináveis e outras que somente eu tocava. Tornando-se tudo muito intimidante.

Tentei me manter calma novamente, fazendo-me crer que era nada mais do que a minha fértil idealização, mas falhei miseravelmente.

O medo veio à tona, me invadindo por completo e dando lugar também ao desespero.

Eu, completamente desconfortável, queria me mexer novamente quantas vezes fossem necessárias para finalmente ter um fim, mas com medo do número de mãos triplicar, apenas fiquei estática e simultaneamente exasperada.

Foram horas tentandor dormir, horas totalmente acordada, vendo somente a escuridão em meio a meus olhos fechados, e lamentavelmente, sentindo aquelas mãos passarem por todo meu corpo.

Felizmente eu dormi, depois de uma eternidade de insônia e constrangimento.

- Que estranho, conheço uma amiga que passou por algo igual - informa Elisa, abraçada à Isabelly que escutava tudo, mas permanecia sigilosa.

Uma quietação se estabilizou no local por longos segundos, dando lugar a apenas a informação de Ícaro:

- Eu tenho uma última história - o garoto declara.

Baseado na experiência da minha grande amiga, Fabiola

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Baseado na experiência da minha grande amiga, Fabiola.

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