Capítulo 1 - Anyway Cliche

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BLAIR

Estava em meu escritório, num canto mais reservado daquela mansão, usando uma camisola preta de seda fina com apenas um robe cobrindo meus ombros, afinal estar sozinha em casa ás 7:00, não pedia algo mais formal, não queria imprevistos, não naquele dia. Aquela manhã em especial, estava sendo tranquila, diferente das outras que eu venho tendo essa semana, meu humor estava bom em certo nível, nada que me tirasse dos eixos, mas o suficiente para lançar um grande sorriso pro meu grande amigo que acabara de passar pela porta como um furacão. Carter era meu braço direito na vida e principalmente nos negócios.

-    Não me venha com más notícias no dia de hoje, saiba aproveitar meu bom humor - disse cruzando as pernas e levando à boca a xícara de café que eu tinha em mãos, dando um gole sutil -

-    Como se algo estragasse seu bom humor - soltou um riso abafado - como você consegue manter a calma diante de tantas coisas Blair? - sentou-se a minha frente me lançando um olhar indignado -

-    Não é tão difícil - disse após dar mais um gole no meu café e deixando a xícara sobre a mesa - ninguém nunca consegue resolver nada quando entra em pânico, é por isso que eles me temem, porque sou pé no chão, ser levado por emoções não é exatamente uma qualidade. - ele me encarava com atenção - quais são as novidades?

-    Não - ele disse como se ignorasse minha pergunta - eles te temem porque você é indestrutível. - franzi o cenho, como se estivesse ouvindo um absurdo - Você nunca perde pra ninguém, é como se tivesse um escudo ao seu lado, que te mantem longe da palavra perder e você sabe disso..

-    Você ta errado, Baizen - disse com convicção antes que ele continuasse - eu sempre venço por um motivo - lancei um sorriso discreto - eu sei que não sou induestrutível, não pago pra ver se eles vão adivinhar que tem algo errado em algum plano. Quando você pensa que é indestrutível você não teme em perder.

-    Você teme em perder? - me lançou um olhar desafiador -

-    Digamos que sou cautelosa. - disse e me inclinei pra frente - qualquer errinho, pode botar tudo a perder, eu gosto de perfeição, não conto com a sorte e jamais colocaria meu destino nas mão de alguém que não seja eu, por isso que eu sempre ganho - me encostei outra vez na cadeira - Você ainda não me falou o que veio fazer aqui - tomei a xícara de café novamente em minhas mãos e dei outro gole -

-    Sabe quem me procurou ontem? - sua expressão mudou para apreensiva -

-    Louis? - disse como se fosse impossível. Louis e eu fomos namorados por pouco mais de 2 anos, nos conhecemos quando eu ainda tinha 16 e ele me apresentou a glamurosa vida do crime, até que Carter me fez ver que eu era melhor sem ele. Com 19 anos, eu já tinha minha própria máfia, não demorou muito pra ficar conhecida naquele meio, eu era boa no que fazia, Carter e eu éramos uma boa dupla, e apesar de eu sempre fazer a maior parte do trabalho, era Carter que lidava com situações na qual eu preferia manter minha fisionomia em sigilo, as pessoas sabiam que ele trabalhava pra mim, mas eu prefiro o termo: trabalha comigo.

-    Achei que tivesse de bom humor - mordeu os lábios levemente - Nate Archibald - disse como quem tivesse me pegado de surpresa. E pegou

-    Aquele bonitinho que trabalha pro Bass? - disse como se estivesse tentando assimilar, Carter entendeu meu tom e apenas assentiu positivamente. Suspirei - E ele não tentou matar você?

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