XIII

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Scarlett andou determinada até o escritório que estava ouvindo as vozes de Frederick e Henry. Tinha ido atrás dos guardas de Charlotte para ajudá-la caso fosse necessário. Estava com raiva, muita raiva, nunca havia sentido aquele sentimento tão fortemente.

Abriu a porta do escritório com ainda mais raiva, seu corpo estava dominado por adrenalina, e tudo piorou quando avistou Frederick enchendo mais um copo com o maldito conhaque.

— Srta. Harrison. — Henry levantou-se.

— Qual? — Frederick levantou os olhos. — Ah, a solteirona. Veja Henry, se não estivesse casado, falaria para se casar com ela.

Aquilo fez a raiva dela aumentar ainda mais. Frederick não sabia, mas tinha acabado de jogar lenha na fogueira.

— Como é divertido, Frederick. — deu uma risada sarcástica. — Muito divertido, eu diria. — ficou de frente ao rosto dele. — Parece que está respirando fundo, aconteceu alguma coisa? — o olhar dele estava fixado atrás dela.

— Por que os guardas reais estão aqui?

Ela olhou para os guardas e deu um sorriso.

— Estão apenas me acompanhando.

— Você não é a rainha para ser acompanhada por eles.

— Realmente, não sou, tem razão. Porém, deixe-me contar um segredo. — aproximou-se do ouvido dele. — Sou a irmã. — segurou no ombro dele com força. — Agora, outro segredo, Phoebe também é irmã da rainha.

O rosto de Frederick ficou pálido.

— Eu não fiz nada.

— Oh, não? — perguntou com deboche.

— Scarlett! — ouviu a voz de Phoebe, mas ignorou.

Scarlett fechou o punho com toda força que tinha, e acertou bem no nariz de Frederick.

Ele estava com os olhos esbugalhados, assustado, pois ele nunca iria esperar por aquilo. Começou a sair sangue pelo nariz dele, o que fez Scarlett ignorar a dor que sentia na mão, pois ela sentia prazer em vê-lo machucado, mesmo que fosse pouco pelo o que ele tinha feito em sua irmã.

— Aprenda que Phoebe não está sozinha no mundo, ela tem família. Você é um monstro, maldita hora que viemos passar nossas férias na Escócia. Ninguém se intromete com uma irmã Harrison sem ter uma consequência, idiota.

— Sua desgraçada! — vociferou.

— Oh, não estou ouvindo. Sabe por quê? Porque você não importa.

— Vai me pegar por isso, Scarlett. — limpou o nariz ensanguentado com a manga da blusa.

— Não, não sou eu que irá pagar. — encarou os olhos dele, e depois olhou para Henry que estava assustado. — Deveria rever suas amizades, Sr. Brown. Sei que não é um homem ruim.

Saiu do escritório como se nada tivesse acontecido, os guardas continuaram a acompanhá-la. Encontrou Phoebe e Charlotte novamente na sala de brinquedo das crianças.

Ficou um silêncio perturbador por longos minutos, até ela resolver quebrar o silêncio, pois não havia feito nada ruim.

— Ouvi você me chamando.

— Os guardas não me deixaram entrar naquele escritório, e Charlotte não me acompanhou. Scarlett, o que fez?

— Digamos que o nariz perfeito dele não existe mais. — disse olhando para as unhas. — Encontro-me bastante satisfeita com meu trabalho.

Charlotte rompeu em uma gargalhada, Scarlett sabia que ela seria a favor.

— Isso não é engraçado, Charlotte. — repreendeu Phoebe.

Apaixonados em EdimburgoOnde histórias criam vida. Descubra agora