Apaixonados em Edimburgo

XXIII

Adam chegou no palácio completamente feliz por finalmente ter conseguido resolver as coisas com Scarlett. Agora estava noivo, apenas não sabia quando marcaria o casamento, teria que resolver isso com várias pessoas, incluindo ela. Provavelmente seria marcado entre os meses de abril e março. Estava tão contente que passou primeiramente no quarto do amigo para contar a novidade. Edric não se mostrou muito espantado, apenas ficou feliz pelo o amigo ter tomado a decisão. Depois, foi procurar pelos filhos, queria falar com os três juntos.

Ele encontrou os três na biblioteca estudando religião com o padre Chambers. Arthur estava distraído brincando com a manga da camisa, enquanto Harold e Alethia estavam prestando bastante atenção. Eles não notaram a presença dele imediatamente, depois Arthur levantou a cabeça e sorriu para o pai.

— Papai! — correu em sua direção.

— Oh, meu pequeno Arthur.

— Fico feliz que tenha vindo, papai. Essa aula é extremamente chata.

Adam deu uma pequena gargalha e andou em direção a mesa em que os filhos estavam estudando.

— Majestade. — o padre fez uma reverência. — É uma honra ter a sua presença em minha aula com as crianças.

— Desculpe-me interrompê-lo, mas preciso falar com eles. Pode permanecer aqui, em breve toda a Escócia saberá de qualquer forma.

— O que toda Escócia saberá? — Alethia arqueou a sobrancelha.

— Bem, papai está apaixonado.

— Apaixonado? — a testa de Harold estrava franzida.

— Sim, apaixonado.

— Isso é algo bom, não é? — Alethia perguntou.

— Com certeza. — passou a mão pelo cabelo dela. — Com isso, irei me casar novamente.

— Com quem? — Arthur perguntou curioso.

— Com a Srta. Scarlett Harrison.

— Gosto muito dela! — disse o filho mais novo muito animado.

Aquela fala do filho fez o coração dele ficar mais tranquilo e feliz. Sabia que pelo lado de Arthur receberia uma aprovação, não sabia como seria com os gêmeos. Poderia esperar qualquer coisa deles, entenderia se não aceitassem, poderia não ser fácil ver outra mulher no lugar da mãe deles. Esperou que eles processassem as informações com paciência.

— Ela vai ser nossa nova mãe? — Harold disse finalmente.

— Não quero que de forma alguma pensem que estou querendo que esqueçam Catherine, ela é a mãe de vocês. Sempre os amou de maneira afetuosa. Desejo, do fundo do meu coração que aceitem ela bem, não precisam forçar qualquer sentimento, certo?

— Ela foi gentil conosco enquanto esteve aqui. — Alethia sorriu. — Seria bom ter uma mãe.

— Sim, seria uma coisa boa.

— A avó de vocês vai ficar com ciúmes.

— Ela não precisa saber. — Harold se encolheu.

— Calma, meu filho, não precisa ficar com medo. Vou falar com ela.

— Tudo bem, vamos continuar com nossa aula. — Alethia colocou a mão na cintura.

Adam beijou a cabeça de cada um, cumprimentou o padre e saiu em direção aos aposentos de Lexie, que não ficava muito distante dali. O quarto dela ficava no final do corredor, tinha feito essa exigência assim que tinha ido morar no palácio. Ele nunca havia entendido o motivo, Catherine apenas dizia que era superstição da mãe, dizendo que era a mesma coisa no palácio dela.