CAPÍTULO 02

229 28 15
                                    

PODER.

E depois da conversa que tiveram, os guerreiros marcharam, voaram e cavalgaram em direção aos aposentos de Deus por dias, tamanho era o número de anjos que o acompanhavam, que Lúcifer se perguntou se tudo aquilo de anjo era realmente necessário para derrotar os anjos menores, e chegou à conclusão que sim, era mais que necessário, já que os anjos que ainda estavam ao lado de Deus eram o dobro deles, ou mais.

Entraram nos jardins e admiraram mais uma vez mais a beleza daquele lugar,  e então, finalmente chegaram aos portões que davam acessibilidade ao altíssimo. E Gabriel, o querubim que guardava a entrada, recebeu Estrela-da-Manhã que se aproximava, com a honra que era devida.

"Lúcifer, Estrela-da-Manhã, o que o trás aqui? E por que há tantos contigo?"

"Preciso tratar de alguns assuntos com Miguel, e por favor, não me faça esperar, trago notícias importantes" disse Lúcifer, caminhando despreocupadamente na direção do anjo que agora, estava com medo.

"E que notícias são essas, Estrela-da-Manhã?"

"Notícias que diz respeito aos generais, como Miguel, e não de míseros guardiões, como você"

"Como-

"Agora, faça o favor de sair do meu caminho, por gentileza, é claro" Lúcifer falou, deixando claro que não era um simples pedido.

"O arcanjo Miguel, deixou ordens claras, você e nem ninguém irão passar sem uma autorização antes" disse Gabriel, com a voz muito mais hesitante do que queria.

"Gabriel, você acha que estou brincando?" Lúcifer analisou o rosto do anjo por longos segundos antes de gargalhar, antes de dar uma risada medonha, o som que saía era feito vídeo cortando a pele. "Você realmente acha que eu estou brincando. Não deveria achar isso. Gabriel. É errado."

Lúcifer sorri novamente enquanto põem a mão direita ao redor do ombro do anjo.

"Agora, Gabriel. Se planeja continuar vivendo. Abra esse maldito portão"

"Eu recebi ordens, e irei cumprir cada uma" Gabriel afirma de uma única vez, retomando sua coragem, olhando Lúcifer com certo receio, enquanto deslizava sua mão para perto da sua espada.

Porém, antes das armas serem sacadas, tanto de Gabriel, quanto de Lúcifer, que já tinha o pescoço do guardião a poucos centímetros de sua espada, colocou-a em seu devido lugar quando uma voz foi soada no lado interno dos portões, a voz com o poder de infinitos trovões que acompanhavam grandes tempestades, e ao mesmo tempo, tão serena quanto o escorrer das águas numa nascente de um riacho, a voz do anjo mais temente a Deus, a voz de Miguel.

"Sempre foi um perfeito soldado, Gabriel. Com certeza tem minha confiança, pois cumpriu as ordens que lhe foram dadas. Porém, Lúcifer, está correto quanto a exceções, e esqueci que avisar sobre isso, mil perdões, Gabriel. Estrela-da-Manhã possui livre acesso para ir e vir a qualquer lugar que desejar, compreende, Gabriel?"

"É, Gabriel, você compreende?" Lúcifer debocha, evitando olhar diretamente Miguel nos olhos, agora seu coração pesava como nunca.

"Perfeitamente, meu senhor"

"Então.." Miguel abre os portões pelo lado de dentro, deu um sorriso largo e sincero para Lúcifer enquanto faz uma reverência e estende o braço, em convite, e Estrela-da-Manhã o aceita com tamanha devoção.

LÚCIFEROnde histórias criam vida. Descubra agora