Chapter II

281 38 3
                                    

Votem e comentem...

E quando eu for embora

Não vai demorar até eu

Estar voltando para casa

Estou seguindo em frente com você.

***

Novembro de 1941, London

Mark Tomlinson andava de um lado para o outro em seu escritório, tentando achar um jeito de livrar seu filho mais velho do futuro recrutamento do exército britânico, para lutar em uma guerra mortal e sem perspectiva de fim.

A medida que o tempo passava precisava-se de mais homens nas linhas de frente e esses eram recrutados cada vez mais jovens. Para Mark, a guerra não era lugar para o seu menino. Louis completaria 17 anos em Dezembro e não demoraria muito para ser convocado pela forças armadas.

– Jay querida, não tem outra solução, temos que mandá-lo para outro lugar. Um lugar seguro, onde ele irá receber uma educação adequada e sem chances de ser encontrado pelo exército. Não quero que nosso filho vá para guerra. – Mark disse para sua esposa que estava sentado no canto da sala.

– Mas que lugar seria esse? Para onde pretende enviar nosso filho?

– Eu ouvi falar de uma escola Militar no Canadá, um conhecido meu foi dar aulas lá no início do ano. Acredito que lá será o melhor para ele no momento.

– E quando ele irá?

– Janeiro talvez, no mais tardar em fevereiro. Vamos deixá-lo aproveitar as festas de fim de ano.

***

Louis e suas irmãs estavam terminado de colocar as decorações de Natal pela casa. Sua irmã Charlotte e ele conversavam animadamente sobre a festa Sua festa de aniversário que aconteceria em poucos dias.

– Eu espero muito que o Tommy venha ao seu aniversário, quero ter a chance de dançar com ele de novo. – Lottie disse um pouco sem graça.

– Eu realmente não entendo por que vocês ainda não deram um passo a mais. – Louis suspirou, cansando depois de colocar o último enfeite na árvore. – Ele claramente gosta de você, e você sente o mesmo por ele.

Eles se sentaram no sofá, exaustos.

– Mas é complicado Lou... Eu gosto muito dele mas ele é mais velho e tudo mais, não sei se o papai apoiaria isso. E é muito provável que ele vá para guerra. Como posso manter uma relação com ele sem saber se um dia ele irá voltar? Ou se ele não vai conhecer uma enfermeira mais velha e mais bonita que eu? – Ela disse claramente insegura sobre tudo isso.

– Charlotte, eu tenho certeza que o papai aceitaria você e o Tommy se isso te fizesse feliz. E outra, não tem como saber se ele vai ser aceito no exército. Até lá talvez nós já teremos vencido a guerra. – Louis diz, tentando animar sua irmã.

– Eu não sei Lou, realmente não sei. Mas e você? Está animado? Você convidou ele? – Ela pergunta, tentando desviar o foco da conversa para seu irmão.

Apesar de ser um ano mais nova, Charlotte sempre se deu muito bem com o Louis. Os dois eram muito próximos e ela sempre estava com ele. Um contava tudo para o outro. Sem segredos.

Foi para ela que ele se abriu quando percebeu que não gostava tanto assim de garotas. E ela o apoiou. O acolheu quando ele chorou por medo do que o aconteceria se alguém mais descobrisse.

Foi para ela que ele contou que beijou pela primeira vez um garoto. Seu melhor amigo Stan. E ela o perguntou, curiosamente animada, como foi e o que ele sentiu.

A Sweet EscapeOnde histórias criam vida. Descubra agora