Chapter IV

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Desculpe pelos erros, boa leitura.

Calgary, Canadá, 1 de fevereiro de 1942.  

Parcialmente, depois do acontecimento da floresta, Harry e Louis haviam se aproximado.

Louis ganhou a confiança de Harry ao ajudar o mesmo com seu ataque de pânico, porém, nenhum dos dois tocaram mais no assunto nas vezes que conversaram durante encontros na classe ou pelos corredores do internato.

No momento, Harry estava observando os alunos fazerem a atividade que havia passado na lousa, no entanto, seus olhos sempre escorregavam para Louis, que parecia entretido em qualquer outra coisa sem ser na lição.

– Senhor Tomlinson. – Chamou o professor, observando Louis erguer os olhos até ele. – Aproxime-se.

Louis o fez, andando vagarosamente até a mesa de Harry, com o suéter cinza cobrindo suas mãos, tapando metade de suas coxas. Usava uma calça desbotada de sua cor original e nos pés, sapatos marrons e velhos.

– Sim, Sr. Styles? – Questiona em um pequeno sussurro.

– Você está bem? – Harry perguntou.

O garoto baixou os olhos para seus pés, sentindo seus olhos lacrimejarem e o coração se apertar ao lembrar o motivo de estar triste.

– Lou? – Harry o chamou baixo para que os alunos não ouvisse o apelido. – Vamos ali na porta, sim?

Louis assentiu, caminhando atrás de Harry até a porta, vendo o mais velho fechar a mesma. Ele se encostou na parede, observando à sua volta antes de levar seus olhos azuis até Harry.

Seu coração se apertou ao lembrar do porque estar tão desanimado naquela manhã, em especial. Queria estar com suas irmãs agora, porém, a desastrosa e destruidora guerra faria com que ele não pudesse conviver com elas novamente.

Seus pensamentos mudaram consideravelmente depois do ataque de pânico de Harry. Ele não podia ir para a guerra; ele não queria ir. Ficaria por tempo indeterminado e ir para um campo de batalha significa problemas psicológicos se voltasse, ou não voltar.

– Louis? – Harry o chamou, tirando-o de seus pensamentos. Estava tão disperso que nem notou o quanto Harry havia se aproximado dele. – Hey, o que foi?

– Sinto saudades da mina família, Harry. – Louis disse, deixando um soluço estrangulado sair por sua boca. As lágrimas, sem que ele percebesse, já caiam de seus olhos trançando a pele macia de sua bochecha.

Harry, não se aguentando ao ver o garoto naquele estado, puxou-o para um abraço, fazendo Louis enterrar seu rosto em seu peito. Apertando a camisa velha de Styles, Louis o puxava para mais perto, numa forma silenciosa de conforto. O cacheado o soltou do abraço, erguendo o queixo de Louis para o olhar com carinho, tirando o cabelo de Louis que, por conta das lágrimas, grudavam em suas bochechas. Beijou-lhe delicada e suavemente a testa, acariciando o quadril de Tomlinson por cima da roupa de frio.

– Por que não os escreve uma carta? Tenho certeza que adorariam receber notícias suas e saber que você está bem, mas com saudades. – Harry sugeriu, assistindo o cenho de Louis franzir, parecendo cogitar a mera possibilidade de enviar uma carta às suas irmãs e mãe.

– Mas... e se não chegar? – Louis questiona, repensando na ideia.

– Não custa nada tentar, Lou. – Harry sorriu para o menor. – Posso liberá-lo mais cedo se quiser, sei que não está nas melhores condições no momento.

– Você pode fazer isso? – Louis especula com a voz suavemente doce.

– Claro que sim, Lou. Vá até a biblioteca e escreva a carta, prometo que irei até lá depois. – Harry assegurou, rindo quando Louis fez um bico pensativa nos lábios. – Pegue sua mochila. Sei que os alunos não questionarão sua ausência na sala.

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