Condenada

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Naquela tarde, o sol esquentava a minha pele. Eu não sei o quanto corri para me esconder. Dessa vez, meus amigos levariam muito tempo até me achar.
Subi a colina. A que sempre me disseram pra não subir, por causa dos monstros. Eles foram selados no subterrâneo a muito tempo... mas Meus amigos não iriam lá. E eu tomaria cuidado. Se foram selados... não tinham como fazer mal. Pulei o cercadinho e corri, avistei uma árvore lá na frente e atrás dela seria meu melhor esconderijo. as nuvens estavam lindas hoje. Eu sorri. Ganharia esse jogo. Finalmente...
Tropecei em um galho e meu corpo todo despencou. Gritei alto. Perdi a noção de onde estava o chão e o ceu. Apenas preparei meu corpo para o impacto.... ele demorou esse buraco não tinha fim? Então finalmente eu fui de encontro aí chão com um barulho surdo. Cai em algo macio, eram pequenas flores douradas.... sorri. Eu não havia me machucado. Espirrei com o pólen que elas soltaram.
Olhei para cima.

   _ droga..._ falei_ como eu vou subir!?

Me levantei e sacudi o pólen amarelo da roupa. Encarei o buraco de onde eu havia caido tentando pensar em como eu subiria de novo, quando ouvi um barulho. A principio fiquei com medo. Depois me tranquilizei. Deve ter alguem aqui.
Caminhei mais fundo no buraco, que se abria para uma caverna....

_ AI! HUMANA! OLHE POR ONDE ANDA!_ berrou algo no chão aos meus pés.

Pulei com o susto. A alguns sentimetros dos meus pés, havia uma flor amarela grande. Ela tinha um rostinho, e usava as duas folhas do seu caule pra esfregar a parte superior das petalas, o q eu imagino q fosse a cabeça.

_ Me desculpe.... é... _ comecei_ florzinha. Mas você sabe como eu posso ir pra cima? Eu cai aqui e....

_ Ei!_ quixou-se ele de novo_ calma devagar! Primeiro: Não me chamo florzinha. Sou Flowey: A flor. E se você caiu minha amiga, esta perdida. Não tem como voltar.

_ Mas... Eu preciso._ insisti.

A florsinha Flowey me encarou. Ela suspirou e passou a pétala no rostinho

_Voce é mesmo teimosa. O único modo de voltar é indo em direção ao castelo do rei asgore. Sinto muito, mas será dificil.

Rei asgore? Aquilo era bisarro. Mas ate o momento eu estava falando com uma flor. Entao nao devia ser brincadeira.

_ Obrigada. _ falei_ como eu chego la?

Flowey arregalou os olinhos. Ele me encarou perplexo

_ O que você disse?

_hm... obrigada... _ repeti.

A flor sorriu levemente.

_ Humana....._ ele riu_ eu levo você até la.

Eu sorri. Consegui um guia particular para me ajudar nessa furada q arrumei. As coisas estavam ficando estranhas.
Encontrei uma bota em um canto da caverna, e coloquei Flowey dentro dela com um pouco de terra.
Flowey me guiou por algumas entradas duplas de tuneis. O local começou a se modificar, parecido com ruinas, paredes roxas rachadas com pouca iluminação deixava as coisas um pouco mais macabras.

_ Criança? _ chamou uma voz doce e feminina atras de mim.

me assustei e dei um salto. Quase joguei flowey para o alto, mas segurei-a firme, pressionando a bota no meu peito.
Me virei bruscamete. Uma mulher alta... Não. Não era uma mulher. Ela lembrava uma cabra. Com chifres e orelhas caidas nas laterais da cabeça. Ela tinha traços delicados no rosto. Porem era peluda. Pelagem branca. Os olhos amarelos com as pupilas vermelhas psicoticas.

_ O que esta fazendo aqui sozinha nas ruinas pequena?

Prendi a respiração. A voz dela era doce. Porem, nao sei se eu poderia confiar naquela cabra.

_Eu..._ comecei a dizer._ cai aqui em baixo preciso sair. Pode me ajudar?

_ humana!_ sussurrou flowey_ não confie em todo monstro que encontrar!

_ Mas é claro pequenina_ respondeu a cabra_ propósito, meu nome e Toriel. Qual e o seu criança?

_ Fri-Frisk..._ respondi gaguejando.

Toriel ajeitou seu longo vestido roxo com as mangas brancas. Ela sorriu pra mim e seu olhar suavisou. Me senti segura com aquela cabra. Ela se virou e caminhou. Eu a segui.

_ criança, vou leva-la para minha casa. La voce poderá descansar.

Ela viu minha expressão de preocupaçao e desconfiança. Entao ela suspirou e disse docemente:

_ As ruinas sao perigosas pequenina. Cheia de armadilhas e monstros perigosos. Nem todos vão te ajudar... como eu e esse seu amigo flor. Deve tomar cuidado.

Assenti. Estava começando a confiar em Toriel. Flowey ainda estava desconfiado. Ele fechava sua carinha e encarava a cabra. Ela, apenas lhe devolvia um olhar doce.

No caminho, acabamos encontrando algumas armadilhas. Toriel me ensinou como evitá-las. Era até simples. Mas quando as armadilhas realmente machucavam, era complicado. Toriel me salvava frequentemente. Me puxando para que eu não levasse um Choque, ou fosse espetada.
Depois de algum tempo, começei a ver um padrão nas armadilhas. Ficamos alguns minutos em silêncio, até que toriel finalmente parou e disse.

_ Chegamos minha pequena.

Avistei uma grande porta de madeira mais adiante. Uma luz amarela saia de baixo da porta. Senti cheiro de torta.
Um delicioso cheiro de torta.

flowerfellOnde histórias criam vida. Descubra agora