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Magins, senhores da magia.
Aquela que flui em todo o meu ser.
Fortaleça.
Que todo o místico se abra aos meus olhos, e aos meus sentidos.

  Repito esse mantra desde os meus onze anos, foi minha mãe que mim ensinou. Dizia que esse mantra é pra manter minha mente focada, e para que nunca me esqueça de quem eu realmente sou.

Um magin, aquele que a magia corre nas veias livremente.

Uma mulher maravilhosa era minha mãe, longos cabelos brancos não pela idade mas de nascença, olhos negros como a noite.

Meu pai, o Roberto, não ficou muito feliz quando descobri que tinha herdado o sangue mágico de minha mãe.

O ele também contém a magia, mas tão fraca que é considerado um maggi, aquele que contém mas não são capazes de exercer a magia.

Foi sua irmã que lhe deu a melhor das notícias, sua querida filha, minha prima, destruiu sua sala de jantar num descontrole da raiva.

Demostrando que também tem a magia no sangue.

Enquanto ela foi pra uma das melhores escolas de Magia do norte europeu, eu fui mandado para um escola trouxa, humana.

É assim que nós os chamamos, todos os magins e maggis, aqueles que não tem a magia ligada a sua vida.

Minha mãe não deixou de mim ensinar, escondido de Roberto, tudo que sabia sobre o mundo sobrenatural.

Agora aqui estou eu, depois de um dia exaustivo numa escola trouxa, preparando o jantar para receber a nojenta da minha tia e sua filha.

😒

Depois da morte de minha mãe a dois anos, Roberto achou mais interessante ter um escravo dentro de casa, eu fazia de tudo menos praticar feitiços e encantos.

Segundo ele, eu poderia destruír sua casa.

Da casa pra escola e vice e versa. É claro que sempre que eu podia praticava na rua mesmo. Até ganhei o nome de doido por falar sozinho na rua.

Não sei o que de tão importante que o Roberto tem pra falar com sua irmã pra arrumar esse jantar. Seu grito chega bem antes de seu pança na porta da cozinha.

__ Esse jantar sai hoje ou não ?  - ele não fala ele grita, como se eu tivesse culpa dele ser meio surdo.

__ Só falta escovar os dentes e passar o batom que está pronta para ir !

__ O que foi que você falou aí ? - falou da porta da cozinha.

__ Só falta a batata frita e passa o pano nos pratos.

__ Anda logo com isso, sua tia já está chegando.

Como se ela soubesse que estávamos falando dela, a campanha toca anunciando sua chegada.

__ Tá olhando o que? Vai abrir.

__ Mais essa...  - caminhei até a porta.

Apesar de ser mais nova que o Roberto, tia Carlata, era mais rabugenta, nem sei como.

MaginsOnde histórias criam vida. Descubra agora