Capítulo 3

54.7K 6.3K 609
                                    


Queridos, atenção!

Fiz alguma besteira sem querer. No capítulo 3 eu publiquei a história como privada e só quem me segue aqui conseguiu ler. Por isso muita gente me procurou dizendo que não estava vendo o capítulo 3.

Por este motivo, estou repetindo o capítulo. Para evitar que isso aconteça e para que sempre sejam alertados de capítulos novos, me sigam e adicionem a história. Assim não perdem nada!

Beijão. Estou colocando aqui o capítulo na íntegra.

Até o próximo <3


Oiiieeee!!!!!

Ah, hoje é um dia especial!

É feriado. É dia de finados. Acho que por isso fiquei tão emotiva.

Passei o dia todo pensando em minha mãe e em meu irmão, pessoas que perdi cedo demais na minha vida. E em como a morte machuca, mesmo quando sabemos que ela vai fazer parte da realidade de todos nós.

Essa emotividade toda me fez pensar também em Ramon. Ele escapou da morte por um triz. Talvez sofra, se revolte, não aceite ter se tornado um cadeirante, mas ele está vivo, com chances de mudar sua realidade e mostrar às pessoas que a vida está aí, pronta para ser aproveitada. Basta ele mudar seu olhar sobre tudo.

E não é assim? Tudo depende de como olhamos nossa realidade. Se é com pessimismo e desespero, ela será realmente ruim. Se é com esperança e alegria, ela vai se mostrar linda e cheia de surpresas maravilhosas.

O que posso dizer é que esse livro tem mexido demais comigo. A vida é curta, meus amores! Passa tão rápido! Por que desperdiçar tempo nos condenando, nos achando inferiores, deixando de sorrir? Vamos aproveitar cada minuto. O dia de hoje nunca mais acontecerá. Então, aproveite-o!!! Viva! Ria! Se doe! Se ame! Essa é sua chance.

Vamos lá?

Ramon e Marcella esperam por vocês <3

Um grande beijo!

Capítulo 3

Marcella

Eu estava atrasada novamente.

Já era quase 10 horas da manhã e eu ainda estava na rua, dirigindo para a o estúdio. Ramon Martinez na certa me condenaria de novo com aquele seu olhar cortante, quando eu chegasse para nossa primeira aula de violoncelo. Na certa ele devia estar pensando que eu era alguma irresponsável. Atrasada por dois dias seguintes.

Bufei em meu carro, com raiva do trânsito lento que não me ajudava. Chegaria ao estúdio pelo menos uma hora e vinte minutos além do combinado. Logo eu, que odiava atrasos!

Aproveitei que estava parada no engarrafamento e ativei o aparelho para atender celular no carro via bluetooth, fazendo uma chamada para a casa da minha irmã. Continuei com as mãos firmes ao volante enquanto completava a ligação e a voz de Emília ecoava no carro:

— Oi, Marcella. Fique tranquila, está tudo bem por aqui.

— Está mesmo, Emília?

A senhora que tomava conta das minhas sobrinhas e trabalhava na casa da minha irmã há alguns anos garantiu:

— Sim. Felipa está dormindo. Felizmente você levou as meninas para a escola, não viram como a mãe chegou.

Eu estava com muita raiva da minha irmã caçula, Felipa. Aos vinte e quatro anos, separada do marido, mãe de uma filha de 6 anos e uma de três, continuava tão irresponsável quanto era aos 17 anos. Não tomava jeito, não levava a sério seu trabalho e para variar tinha passado a noite fora de casa sem dar notícias.

Além do Olhar (Apenas degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora