Ana dormia como uma pedra. Fazia meses que a garota não dormia tão bem. Em seus sonhos, Ana via sua filha, engatinhando e sorrindo banguela, ela mal podia esperar para ter sua bebê em seus braços.
- Acorda...
Ana ouvia uma voz ao fundo de seu sonho. Não, ela não queria acordar. A cama estava quentinha, estava tão confortável. Vá embora quem quer que seja.
- Acorda.
- Não... Eu quero ficar aqui... -Ana resmungou- Sai daqui.
- Amor, temos que levantar, já está na hora. -Patrick disse calmo- Vamos... levante.
- Que saco! -Ana levantou e foi pro banheiro-
- É pro seu bem! -Patrick gritou do lado de fora- Vou preparar seu café.
Ana bufou e entrou na banheira. Olhou sua barriga, estava enorme.
- Você anda quieta demais. Devo me preocupar? -Ana colocou as mãos em seu ventre- Você deve ser linda...
- Amor, você quer o que para o café? Tem panquecas ou sanduíches. -Patrick bateu na porta-
- Os dois! -Ana respondeu-
Depois de tomar banho, Ana se trocou e desceu para tomar café.
- Porque me acordou cedo? Não tem nada pra fazer. -Ana se sentou a mesa e pegou um prato colocando panquecas e cobertura-
- Ah, acordar cedo faz bem.
- Inventa outra desculpa, essa não colou. -A garota diz bebendo um gole de seu suco de laranja-
- Eu só queria passar o dia com você amor. Passar o dia com vocês duas. Depois que você engravidou a gente nem fica mais juntos, sempre tem médico, coisas da Dak pra arrumar, as meninas vem aqui. Hoje estamos de folga de tudo isso. -Patrick sorriu-
- Tá... Fala, o que você fez? Fala logo, vai ser melhor.
- Mas eu não fiz nada.
- Fez sim, me fala.
- Meu deus, o que eu iria fazer?
- Eu não sei.
A campainha soou.
- Salvo pelo gongo.
Patrick levantou e atendeu a porta. Era o caretiro, ele entregou uma caixa, o cacheado assinou um papel e fechou a porta.
- O que é isso? -Ana olhou para a caixa-
- Uma caixinha de música... Para a Dak... Mas, só vamos abrir quando ela chegar... -Patrick sorriu-
- Que fofo amor... -Ana sorriu-
- Eu sou mesmo.