Capítulo 1 - Primeiro passo

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Crônicas de Gloriam

Livro Um A Vila

Capitulo 1 – Primeiro passo

Lendas e mitos, contam que em uma época houver uma guerra de proporções mundiais, mais essa guerra não foi tão simples como vemos hoje em dia, em que se luta por territórios, ou dinheiro, ou fé, muito menos amor, desejo, ordem ou pelo simples vontade de matar, essa guerra foi pela sobrevivência dos seres vivos do mundo inteiro, guerra pelo direito de viver, todas as raças unidas lutaram contra seres que não estavam vivos e nem tinham alma, ninguém nunca souber definir o que eram, e em uma ultima investida, os melhores de todas as raças foram para o local em que os deuses profetizaram que o líder inimigo apareceria, e com a aparição do majestoso castelo flutuante, a batalha final se iniciou, nesta batalha todos os envolvidos morreram, milhares e milhares de corpos foram o que restou, nunca foi encontrado nenhum sobrevivente, apesar de que depois dessa batalha os seres sem alma desapareceram sem nenhuma explicação e com isso todos acreditaram que o responsável deve ter sido derrotado, mesmo não conhecendo a sua identidade e porque queria destruir tudo, mas com isso vieram varias perguntas: quem o derrotou? Onde essa pessoa esta? Porque não apareceu? Está vivo? Essas e muitas outras perguntas permaneceram sem respostas, só se sabiam que estavam a salvo, e sem saber à quem agradecer, já o local da ultima batalha ficou amaldiçoado e nenhum ser vivo conseguia sobreviver lá, e nunca foi descoberto a razão disso, com isso ninguém conseguiu investigar o local, e depois dessa batalha sugiram os tocados, seres vivos que foram de algum jeito amaldiçoados e sofreram mutações, apesar dos malefícios causados por eles também trouxeram alguns benefícios após extermina-los, e assim os seres vivos continuam lutando para se fortalecer e garantir a sobrevivência, e também com o proposito de se preparar para quaisquer incidentes futuros, cada reino tenta ter ou crias seu próprio herói para defendê-los em momentos de necessidade para trazer a esperança para todos.

Neste momento indiferente ao que aconteceu, esta acontecendo ou vai acontecer no mundo, um menino de aparentemente seis anos chega à beirada de uma floresta, seus cabelos são negros, seus olhos são amarelos, a sua pele é branca, magro, uma criança humana normal como qualquer outra, mas diferente de outras crianças ele pensa em brincadeira quando olha floresta adentro e em seu rosto, podemos ver um ar de seriedade diferente de qualquer criança da mesma idade, ele sabe por que esta aqui, antes de dar o primeiro passo quer ter a certeza de que é isso que ele quer e a sua sobrevivência depende disso.

"É cheguei.

Esta como me lembrava, quando vinha com o meu pai.

Meu pai...

Às vezes fico pensando como ele percebeu que eu tinha facilidade em aprende desde cedo.

Fico feliz, pois foi por isso que ele me incentivou e me instruiu desde que eu me lembre.

A boa memoria, a facilidade de aprender qualquer coisa, junto com a excelente destreza que tinha, sempre surpreenderam o meu pai.

Boa memoria...

Se buscar em minhas memorias, lembrou muito bem das coisas desde antes dos dois anos, mas não me lembro da minha mãe, mesmo que tente.

Também meu pai nunca falou sobre ela e nunca tentou.

Talvez fosse muito doloroso para ele falar sobre ela.

Como ele sempre foi um bom pai, eu nunca perguntei se ela morreu?

Evitava para não o deixar triste.

Acho que sim, mas pelo visto ele amava muito ela, tanto que nunca procurou outra esposa.

Às vezes via algumas mulheres olharem pra ele, mesmo algumas mais jovens.

Ele nunca se importou com isso.

Ele só vivia para cuidar de mim...

Sempre foi muito carinhoso comigo, principalmente quando o surpreendia com minha capacidade de entendimento, ele me fazia carinho no meu cabelo e com um sorriso dizia que estava orgulhoso.

Não só isso quando viu que com quatro anos já tinha certa destreza, ele ficou com uma cara de bobo, mesmo com medo ele me deu uma faquinha para corta galho, e como já tinha visto inúmeras vezes como ele fazia, foi fácil até demais.

Todo surpreendido pelo manejo, ele perguntou como aprendi tão rápido, falei que foi o vendo fazer, nesse momento ele olhou para o javali que tinha caçado e como sabia que tinha o visto destrinchar esse tipo de javali, ele simplesmente perguntou se conseguia, só sorri e fiz.

Com felicidade e acariciando meus cabelos, ele sorria.

Às vezes isso também o preocupava, e me pedia pra não demonstra isso na frente de outras pessoas.

Muitas pessoas podem ter inveja e através disso podem tentar me causar algum mal quando ele não estivesse por perto.

Apesar de nunca me deixar sozinho, mas mesmo assim ele sempre dizia "nunca se sabe o que pode acontece".

Sempre tive isso em mente e nunca o desobedeci.

Sou um garoto como qualquer outro da vila.

Os muitos ensinamentos que ele passou eu me lembrarei, pois minha memoria não me permitia esquecer, que benção não? Isso me fez amadurecer rápido, pelo menos é o que acho.

Quando vejo crianças da minha idade, sempre percebo a diferença, pra mim é mais fácil falar com um adulto que com a criança.

Assim nunca souber como brinca e olha que tentei, por isso sempre preferi ficar com meu pai.

Sempre ficávamos mais na floresta que esta em torno da vila.

Tínhamos uma casa dentro da vila e também tínhamos uma casa fora da vila não muito longe, pois como meu pai era caçador, fazia a limpeza dos animais que trazia.

Sempre vivemos bem, afinal ficávamos com parte da caça e vendíamos o resto na vila.

Caça...

Sempre o via caça, pois nunca, mas nunca mesmo me deixava sozinho ou para outra pessoa cuidar de mim, sempre estávamos junto, nunca reclamei, sempre gostei das nossas vidas.

E na minha primeira caçada sozinho, ele ficou de longe observando, como sempre cuidando de mim, mas quando viu a facilidade que peguei o esquilo, ficou para lá, sempre com aquela cara de bobo sorridente.

Mesmo sabendo que eu tinha capacidade para aquilo, mas se surpreendia como a facilidade em que eu fazia, só bastava ver uma vez.

Via que ele tinha orgulho de mim, e eu tinha muito mais por ele, afinal aprendi com ele.

Até a fazer sabão, que ele disse que aprendeu com os elfos, que um dia conheceu.

Quem sabe um dia conheço um, mas para isso como ele mesmo disse que para isso teria que deixa a vila, pois ela é isolada tendo floresta para todo lado e sem estrada para sair e nem aceitam pessoas estranhas aqui, nunca vi outras pessoas além da nossa própria vila.

Sempre achei estranho isso, mas nunca perguntei para meu pai porque disso, só o que conheço de fora é através das estórias do meu pai.

Que saudade...

Mas tudo bem, hoje sozinho, estarei seguindo o meu próprio caminho, praticarei tudo que aprendi como também estou pronto para aprender coisas novas.

Este foi o meu primeiro passo, não foi tão difícil assim, não devo olhar pra traz, tenho que seguir em frente e vou, pois foi isso que meu querido pai me ensinou e com orgulho seguirei esses ensinamentos."

O menino sumiu floresta adentro.

Crônicas de Glóriam: Livro Um - A VilaOnde histórias criam vida. Descubra agora