Capitulo 2 - Conhecimentos

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Crônicas de Gloriam

Livro Um A Vila

Capitulo 2 – Conhecimentos

Para sobreviver na floresta devo utilizar todos os conhecimentos aprendidos com meu pai, não posso esquecer nada, só dependerei de mim mesmo, pode ser difícil, não por ter seis anos, mas por que nunca vim sozinho, ele sempre estava comigo, me ensinando, elogiando, dando carinho, chamando a atenção, enfim, passando todo o conhecimento que tinha, e mais o que nós aprendíamos, pois sempre aprendíamos coisas novas na floresta, e vou continuar a aprender é sempre bom ter conhecimentos principalmente em caso de emergência.

Primeiramente como não quero deixar pegadas, o que faço é correr somente pelas raízes das arvores, às vezes tenho que pular para uma raiz mais distante, mas é importante praticar e também porque quero encontrar alguns materiais que preciso, senão estaria pulando de galho em galho, como as folhas ainda me atrapalham um pouco posso deixar de ver algo que preciso, meu pai era bom nisso, nunca perdia nada de vista e nem o vi cai mesmo se o galho estivesse escorregadio ou podre, apesar de toda a destreza que eu tinha só conseguir anda nos galhos das arvores com velocidade a parti dos cinco anos, pois antes ficava com medo de cair, e também porque gostava de ser carregado pelo meu pai, nas costas dele me sentia protegido, a velocidade que ele corria de galho em galho era incrível, adorava o vento batendo no meu rosto.

Ainda estou no território marcado por meu pai, ele colocava essas marcas no caule das arvores, mas como eles pequenas e quase imperceptíveis, somente quem as conhecia para saber que são marcas ou que indicavam alguma coisa, e no caso que alguém as encontrasse, tenho quase certeza que não entenderiam elas tão rápido ou mesmo nunca entenderiam, primeiro por que não eram setas como normalmente se marca apontando para local, eram somente um rico de cima pra baixo e esse risco era só para deixa a marca vista, o importante era o outro pequeno risco e o furo, o risco dava direção do local e o furo a direção para outra marcação em outra arvore, mas o risco central tinha outra função, muito não reparariam se ele tivesse levemente inclinado, isso servia para indicar como a marcação devia ser lida, pois diferente das outras marcações esta podia ser colada só aponta pra direção e a vista, esta poderia ser colocada em qualquer parte ao redor da arvore, assim lendo ela se saberia em que posição deve ser lida, a direção do local e outra arvore marcada, isso tudo em um tamanho não muito perceptível.

Uma vez perguntei por que dele criar essas, ai ele me olhou e perguntou se não soubesse como elas funcionam, se eu teria como encontrar a vila ou segui-lo através delas, foi ai que eu entendi que era não só a para nossa proteção como também para a nossa vila.

Encontrei!

Esta arvore tem uma casca que a utilizamos para fazer solados dos nossos sapatos, quando a casca esta morta ela se desprende, é muito resistente mas ainda conseguimos corta-la para fazer os solados, a parte que era de fora da arvore é áspera que da aderência aonde pisamos já a parte de dentro é macia e fofa, assim possibilitando o encaixe perfeito do pé.

Mais afrente encontrei o capim selvagem vermelho, esse capim quando seca ele se torna marrom e cortando os espinhos do lado, se torna uma tira bem resistente e se torna ótimo pra terceira gora tenho que naquele outro caminho, pois lá tem as duas arvores que produzem as rezinas que preciso pra fazer os novos sapatos, pois os meus estão apertando.

Bem então, vamos começar primeiro verifico se a parte da casca é áspera mais não em excesso para não ferir nada em que eu pisar, corto a casca medindo o meu pé para fazer o solado. Agora é só terce a parte de cima com o capim, mas dessa vez vou tenta fazer um bota, depois de terce eu fixo com um pouco de resina, esta primeira resina vai colar todo o capim tecido, passo em todo para fixa-lo e não se desmanche com o tempo, como também para cola-lo na sola, pronto agora vou passar a segunda resina, vai servi para endurece as partes que devem proteger meus pés e minhas pernas, de acordo com a quantidade usada se tornará mais resistente, é o que acontece quando se junta essa duas resinas, descobrir por acaso, passo menos na parte do tornozelo pra não endurecer tanto, o bom que elas assim ficam a prova d'água e finalmente prontas.

Resolvido um problema agora tenho que verifica se meus equipamentos estão certos, bom que achei algumas ervas no caminho, posso precisar delas.

Parece que esta tudo certo, então coloque na sacola do meu pai, ela tem maior de que aparenta, acho que chamam de sacola dimensional, é feita de estômago de feras tocadas, não muita informação sobre mais ainda vou descubro como isso funciona, acho que sou mesmo muito curioso.

Devo coletar algumas frutas, já estou mesmo com fome, mas estou pensando em pegar alguma caça, porque a carne da mais força para crescer do que fruta e peixes, mas também sempre gostei de assar nas pedras que geram calor, elas são interessantes quando duas dessas pedras estão juntas elas começam a trocar calor e ambas esquentam assando a comida, quando menor eu nem reparava isso, mas depois que meu pai explicou, achei estranho e incrível ao mesmo tempo, quando são separadas novamente elas esfriam, muito estranho mesmo, e isso esta na lista de coisa que quero entender, apesar de ser simples, mas é muito utilizado, e todo mundo tem, será que fui só eu que me perguntei do ô porque disso acontecer, posso não sabe ô porque disso ainda, mas um dia descubro.

Bom agora é hora de sair da zona de segurança, preciso provar pra mim mesmo que posso e já cheguei até aqui mesmo, não vou volta atrás, como estou já estou com as botas novas mesmo, agora posso ir pelos galhos das arvores, sem medo de pegar uma queda, e minha faca esta comigo.

Bom, vamos lá e sempre em frente, não posso ficar preso ao passado, isso é o melhor que posso fazer, sim, isso mesmo, só posso seguir em frente.

Crônicas de Glóriam: Livro Um - A VilaOnde histórias criam vida. Descubra agora