Capitulo 4 - Lembranças amargas

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Crônicas de Gloriam

Livro Um A Vila

Capitulo 4 – Lembranças amargas

Goblins!

Só o que faltava!

Isso é estressante, podia ser outra coisa...

Sei que estou na floresta e podia encontra-los.

Não tenho medo deles, são fracos.

Mas...

Como posso dizer...

Só de olha-los fico com uma tristeza enorme.

Nem tenho raiva, é só tristeza mesmo.

E dói, dói muito mesmo.

Mas...

Mas acho que estou mentindo pra mim mesmo, pois tenho raiva sim.

Sim, nesse momento estou sentindo raiva, não adianta mentir, tenho aceitar esses sentimentos.

Mas tenho que me controlar, que droga, mesmo que eu tenha uma linha de pensamento de uma pessoa adulta, mas também ainda me sinto como uma criança desamparada, pensava que mesmo com pouca idade eu tinha já amadurecido e só faltava meu corpo crescer, mas pelo visto estava completamente enganado.

Respire fundo.

Não deixa essa triste e raiva te controlar.

Tenho que me convencer disso.

Esta difícil.

As lembranças...

Lembranças...

Não queria lembrar isso.

Vamos! Pense em coisas boas.

Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

Droga!

Não tem como, pois naquele dia, tudo estava bom...

Verdade, estávamos felizes.

Eu e meu...

Eu e meu...

Pai.

Pai.

Meu pai.

Meu querido e amado pai...

Éramos só nós, apenas nós dois, isso dói.

Sei que é mentira que nós superamos a dor emocional, sim, isso não existe, o que fazemos é esconder ou fingir que ela não existe, mas ela esta lá, não como sempre estará, só não revelamos aos outros.

Tenho vontade de gritar e chorar até não pode mais, mas devo resistir a isso.

Tenho que me controlar, TENHO QUE ME CONTROLAR, tenho..

É duro, mas tenho.

Olhar os goblins, mesmo não querendo, mas lembro...

Naquele dia, estávamos voltando da floresta, nós estávamos felizes, eu por ter aprendido algo novo, e meu pai por eu ter a facilidade de aprender, sinceramente sempre tiver orgulho de meu pai, sentia que meu também se orgulhava de mim, mesmo não mostrando o que aprendia para os outros, nem ele e muito menos eu, nós importávamos com o que os outros pensavam ou deixavam de pensar, mas ele dizia que um dia eu teria que conhecer o mundo com meus próprios olhos, e sempre que podia me falava sobre como era fora dessa vila isolada, as vezes ficava maravilhado e outras triste, por que nem tudo eram flores, e ele dizia sempre a verdade, sem esconde nada, de tudo o que mais me deixava triste era sobre a escravidão, uma pessoa sempre será uma pessoa, mas muito não achavam isso, apesar de entender que alguma pessoas merecem isso e até a morte, pois poderiam prejudicar muitas outras pessoas se estivessem livres ou vivas ainda.

Crônicas de Glóriam: Livro Um - A VilaOnde histórias criam vida. Descubra agora