SERMÃO 42: "Banheiro, esponja, caniço e vinagre"

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Tema: "Banheiro, esponja, caniço e vinagre"

Texto: João 19:28,29 ''...Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.''

Jesus não tomou, ele experimentou; sentiu o gosto e não quis beber; aquele líquido poderia lhe trazer um torpor mental, aliviaria a dor mas ele ficaria dopado, ele tinha que lutar contra o inimigo de cabeça lúcida, sem nenhum tipo de entorpecimento em sua mente.

Só que os soldados romanos não iam dar uma morfina para amenizar o sofrimento de ninguém na cruz; é justamente o contrário, pois o crucificado estava ali para servir de exemplo e horror para todos os que se levantassem contra Roma, de modo que quanto mais ele gritasse, quanto mais ele sofresse e se angustiasse, maior seria a propaganda da cruz; de modo que não era lógico amenizar a dor do crucificado.

Os soldados não usavam vinagre como morfina; vinagre no texto se refere a um vinho altamente estragado cujo processo de fermentação já passou; seria um vinho usado só para esterilizar coisas.

Para que isso próximo a cruz?

Os banheiros romanos naquela época eram banquetas de pedra, onde homens sentavam um do lado do outro, e ficam conversando enquanto faziam suas necessidades fisiológicas.

Havia aos pés da pessoa uma canaleta d'água e então a pessoa após fazer suas necessidades fisiológicas pegava uma esponja a colocavam na ponta de uma vara, ele passava a esponja na água e com ela ele se limpava, depois passava a esponja novamente na água, e colocava a esponja dentro de um vaso com vinagre para a esterilizar, a fim de que outro pudesse usa-la.

Banheiro, esponja, caniço e vinagre = higiene pessoal.

A intenção do soldado não era aliviar a dor de Jesus, mas sim de humilhá-lo, de potencializar a humilhação!

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