A conquista

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Rachel

Acordo meio cambaleando pelo quarto, antes que Adrian acorde. Não  tenho muito lance de amor pós  sexo. E na verdade que sexo! Adrian é o tipo de homem que sabe o que faz, que deixa se levar pelo momento. E eu gosto disso, pessoas que sabem o que quer. Enquanto coloco meu  sutiã  observo aquele homem nu estendido naquela cama. Vários orgasmos, gemidos  e sem falar o modo como ele me olhava. Já  são  cinco horas da manhã, não  posso atrasar. Pego meu salto, visto meu vestido e sumo daquele  quarto. Não  é certo sair e deixar sua foda para trás, poderia ficar e ter um ótimo bom dia, se é que me entende. Mas não! Nada muito clichê, quero sexo e isso é o que eu vou ter.
Pego um táxi  rapidamente e logo vou para meu apartamento. Daqui a pouco já  tenho que estar na empresa para a coroação. O que falarão  de uma mulher na presidência? O que irão  pensar sobre isso tudo? Até  por que não  é qualquer um que coloca uma fortuna tão comprida em sua conta bancária  por carinha bonita. Se fosse por isso eu já  deveria estar rica a mais de anos. Mas olhando para um lado, eu não vou me importar com o que os outros irão pensar, sou dona da empresa  e da minha vida. Ponto final.
Pago o motorista e corro para dentro  do meu apartamento. Tenho que começar  a arrumar as coisas que tenho que levar, no caso minhas roupas.  Pretendo me mudar  para  a casa ainda hoje.
A casa esta calada, não  tem ninguém.  Graças  a Deus. Olho pela porta do quarto de Mel e vejo ela deitada toda bagunçada na cama. Entro em seu quarto, pego uma coberta a cubro. Ela é um amor de pessoa, apesar de doidinha.
Olho  para a cômoda  de seu quarto e vejo um menino com ela. É uma criança  de uns três anos mais ou menos. É muito parecido com ela, poderia julgar  ser o filho dela. Seria o filho dela? Mas eu não  sabia disso.
Vou até o banheiro abrindo o chuveiro, enquanto retiro minha roupa vejo o quão  sensível  me sinto. Adrian é um dos melhores que  pude ter em minha  cama. Deixo meu vestido pendurado junto com o sutiã  e entro no banho. A água  cai como uma luva em mim, me tirando do cansaço.  Me tirando de todo aquele pós-coito. Minha vagina esta dolorida.
Qual seria o paradeiro  de Levinsk? Ele talvez deixou essa boba história  de lado, de vir me procurar? Talvez.

Enquanto término  meu banho aliso minha barriga. Estou de quase quatro meses, e uma barriga já  pode ser vista. Pequena, mas tem!
Antes que eu possa notar, uma lágrima caí  de meus olhos, é uma lágrima  não  de dor, de felicidade. Já  amo esse ser pequenino que cresce aqui dentro, eu amo a maneira como me sinto. Sei que poderia estar melhor, mas eu estou bem, muito bem!
Desligo o chuveiro, visto o meu roupão. Escovo meus dentes e sorrio ao constatar o rumo que minha vida tomou. 
Já  são seis e meia e mais do que na hora de me preparar. Tenho que chegar até  as oito horas na empresa. Fazer bonito!
Escolho um vestido bege tubinho, que bate até  o joelho, com um corte até  a coxa. Nada muito sexy, mas sim sensual. Meus cabelos estão bem melhores, apesar de molhados. Escolhi um salto alto nude muito bonito também.  Enquanto arrumo meu cabelo percebo que uma mensagem chegou no meu celular.
Rachel me responda. O que você está fazendo comigo? Não tenho cabeça para fazer nada mais. Conversa comigo.
Ps:  Dominic Levinsk
O que ele queria comigo? O que eu poderia fazer? Nada. Excluo a mensagem e suspiro. Antes que eu envie uma resposta e quebre minha promessa, me levanto.
Sigo até  a cozinha, e sem muita vontade preparo um sanduíche para mim.

__ Ai que saco acordar. – Mel surge na porta com os cabelos em pé.

__ Esta atrasada. – brinco. __ Bom dia. – Digo enquanto mordo meu pão  deliciosamente bem feito.

__ De bom o dia não  tem nada. Mas mesmo assim, bom dia. – Rabugenta segue até  o banheiro com uma toalha pendurada no ombro. Enquanto olho algumas fotos em meu celular uma me chama atenção.  É uma foto de Levinsk comigo na casa de praia. Ele está  como sempre esteve, com aquela carinha de santinho e moço bondoso. Mas na verdade é que ele destruiu meu coração.  Sim destruiu. Excluo aquela foto e junto com outras apago.
Termino de comer e me levanto. Pego minhas pastas e papéis  importantes, e grito.

O Amor Do CanalhaOnde histórias criam vida. Descubra agora