O Amor Do Canalha

Raquel

Eu já  estava mais que acostumada, ou talvez estava fingindo estar. Não  estava nada fácil, Othon realmente deixou sua herança, e agora eu estava a par de tudo! Vários problemas surgiram na empresa e devo admitir estou mega feliz em poder soluciona-los. Levinsk após  a sua ida em minha casa, me ligou várias vezes e rejeitei todas. Kathe estava estranha, falei mal de Levinsk algumas vezes e ela ficou do lado dele. Provavelmente  estaria me escondendo algo, o que  eu descobriria em breve.

Tentei de varias formas fugir de Dominic, porém aqui estou eu! Levinsk tentou  de várias  formas se aproximar, e tentei de toda maneira afasta-lo… porém ele disse que precisa conversar sobre um assunto da Inter Industries  e isso eu não poderia deixar passar a limpo.

Coloquei um vestido longo, acompanhado de um par de rasteiras de pedrarias. Minha barriga já  esta grande e é lógico que minha ansiedade  esta imensa.

Guilherme meu motorista para o carro próximo  ao restaurante da av principal.

__ Qual horário  posso busca-la senhora?.- pergunta
__ Te ligo. - respiro fundo e entro naquele local.
O ambiente  é familiar e bastante requintado, com vários casais sorrindo, conversando  e… lá esta ele! Com uma calça branca apertada, uma blusa social azul marinho de marca e um sorriso de matar! Ele é tão lindo, apenas de vê-lo sinto meu coração acelerando, eu não  poderia duvidar que ainda o amava. Ele é um galinha, mas o amo e pronto!

__ Boa noite. - Disse assim que me sentei.
__ Boa noite Raquel. - Olhava para mim de forma que realmente tentava desvendar meu profundo. __ Oque pedir?.- Perguntou sorrindo de forma que me deixava vermelha.
__ Quero uma água. - Ele não retrucou. Apenas fez meu pedido e me encarou. 
__ Por que faz isso?.- perguntou olhando para o lado, onde um homem me encarava sorrindo.
__ Isso o que?.- perguntei não entendo.
__ Esse vestido, está decotado demais. - Faço uma careta e caio na gargalhada. Como esse idiota poderia se importar com minha roupa?
__ Posso fazer nada senhor Levinsk. -Ele me olhou nervoso.
__ Você está se fazendo de coitadinha. - Disse encarando-me. Levinsk me tratou como um lixo, e agora vem querer aparecer bancando o ciumento? Me poupe!
__ Olha Levinsk estamos aqui para falar sobre a Industries. - Olhei para o copo de água sendo posto na mesa.
__ Esse encontro não poderia…
__ Isso não é um encontro. - Rebato
__ Mas pode ser…
__ Levinsk…
__ Raquel, você está se afastando por gracinha. Sei que errei, mas não acha que poderíamos concertar isso?. -Poderíamos. Claro que poderíamos... só não iria. 
__ Levinsk já que não sabe falar sobre algo de relativo… vou embora. -Me levanto, mas sinto seus dedos compridos e macios ao redor de meu braço.
__ Fica, por favor. - Estava Levinsk pedindo por favor para mim? Eu nem paguei para ver esse espetáculo.
__ Ok. - Me sento novamente.
__ Respeitarei você. -sorrio com sua cara de babaca.
__ O que tem de errado com a Industries?.perguntei tomando um gole enorme da minha água.
__ Preciso que assine um documento, onde uma boa recompensa a Industries pode ser recebida.- Me entregou uma folha e a folheei. Tratava-se de um documento onde um contrato de parceria seria feito e que Levinsk saíria nas manchetes mais bem pagas do país.
__ E caso eu não assine?.-Perguntei olhando para uma mulher que quase pulava em Levinsk. 
__ Eu não seria renomado como titular de um quatr9 contrato. - Então ele ainda estava pensando em seu próprio ego? Egocêntrico!
__ Você pode pensar sobre.  - Os olhos azuis de Levinsk me encaravam em uma intensidade, que realmente tive que me controlar para enfim não pular em cima dele.
__ Claro. -digo encarando o cardápio.
__ E qual o sexo do bebê?.- Engasguei na água que bebia. Essa sem dúvida era a última pergunta que esperava dele nessa noite.
__ Por que seu interesse Levinsk?.- Perguntei olhando seriamente para ele.
__ Porque…. Ahh… já que não que dizer tudo bem!. -tomou seu suco. Em outras ocasiões veria Levinsk tomando uísques caríssimos.… não suco natural.
Parei para repara-lo. Seus olhos azuis escuros estavam sendo acompanhado de um par de cílios longos e pretos. Seu cabelo estava em preto tão forte, em um corte perfeito, molhado e poderia jurar que estava muito cheiroso. Sua barba estava feita e sem dúvida percebi que seus lábios bem maiores, ou seria o tempo que não o beijava? Eu tenho que parar de admira-lo.

__ É menina. - disse.
__ Está  de quantos meses?.-perguntou
__ Seis. - sorriu.
__ Legal. - legal? Ele é doido? Sim!.
__ Levinsk, oque esta querendo fazer?.- Perguntei enquanto ele olhava pensativo para seu copo de cristal.
__ Eu errei. - Disse. __ Errei feio. - Me ajeitei na cadeira, como assim errou?.
__ E como descobriu?.- pergunto.
__ Raynara…
__ Ela tirou o bebê?. - perguntei incrédula.
__ Não.  -ele encheu seus olhos d'água.
__ Então...
__ É Raquel, não havia bebê.  Não havia nada. Havia apenas uma louca que me afastou de você.  - Olhei para ele e ri. Eu tinha que rir, eu tinha que debochar dele. Eu sabia que grávida ela não estava, mas como conseguiu esconder?
__  Você foi realmente um idiota. -ele sorri meio sem jeito. __ Oque vai fazer agora?.- perguntei.
__ Tá na cara né?.- olhei para cara dele e sorri.
__ Não tá na cara não!.- ironizei.
__ Raquel, eu quero você de volta. -  Olhei boquiaberta para Levinsk e disse.
__ E acha que…
__ Acho que você vai me aceitar de novo.- com todo auto controle que possuía, me debrucei na mesa e disse firmamente apontando com o dedo indicador para o contrato. 
__ Não vou assinar. - ele arregalou os olhos surpreso. __ E sobre mim? Ahhh Levinsk, sinto te informar mais você me perdeu. - ele encarou-me louco para me matar. __ Para sempre. - e me levantei, deixando ele de boca aberta e totalmente sem fala.  Ali estava começando minha vingança. Ele acha que voltou e que tem o controle sobre mim? Acha que eu sou uma princesinha presa em um castelo alto, esperando para ser resgatada. Mas ele mal sabia que esse mulherão que ele perdeu… era a dona da porra toda.