Cap. 2 - Festa - parte II

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Se eu fosse outra garota, ou talvez, se isso fosse um filme de terror era agora que ele faria o que quisesse comigo. Me virei para ele sorrindo.

-O que tem em mente? -Falei.

Ele se aproximou de mim ainda segurando meu braço, mas eu não estava assustada, nem sequer uma batida do meu coração vacilava. Quando ele se aproximou o suficiente levantei meu joelho certeiramente no meio de suas pernas. Ele logo me soltou e caiu de joelhos.

Me afastei dele como se nada tivesse acontecido. Ao contrário da maioria das meninas da minha idade, eu não tinha complexo de cinderela, não esperava que ninguém chegasse em um cavalo branco para me salvar, ou esperava o melhor das pessoas.

-Obrigado, papai. -Falei sorrindo irônica e olhando para o céu tempo o suficiente para esbarrar em alguém.

Ele parecia uma parede, de tão duro que era, desequilibrei por culpa dos saltos e cambaleei para trás.

-Não vi você. -Murmurei, quando ele me segurou pela cintura me ajudando a me estabilizar. -E eu sinto muito por isso. Agora pode me soltar.

-Sem problemas. -Ele disse rindo de uma maneira sedutora e me soltando. -Também não vi você.

-Estamos quites. -Falei andando para longe, mas ele me segurou.

-Qual o seu nome? -Ele perguntou.

-Quando você tiver alguma importância na minha vida, eu te falo. -Sorri.

-Meu nome é Aaron. Sou o dono da festa, não acha que é justo eu saber o nome dos meus convidados? -Ele falou sorrindo. E que merda de sorriso lindo ele tinha.

-Vim acompanhando, Beatriz. Estou indo embora agora. Você não precisa saber meu nome. -Não consegui evitar sorrir.

-Espera um pouco.- Ele falou ao olhar para trás. -Parece que Nicolas está com problemas ali.

Fiz uma careta quando Aaron se afastou, ele era amigo dele. Eu não iria esperar por Aaron.

Entrei na casa apressada. Dessa vez pegando um copo de cerveja. Me encaminhei para a pista de dança. Perdi a vontade de ir embora.

Eu pulava, jogando os braços para o ar. Nunca soube dançar muito bem, mas não importava, estava tocando uma música eletrônica sem letra.

Quando a música parou e começou uma musica lenta. Fiz careta e comecei a caminhar fora daquela pista de dança improvisada quando ele me achou de novo.

-Achei que tivesse pedido para me esperar. -Ele disse sorrindo.

-Achei que você precisasse ajudar seu amigo. -Falei fazendo careta.

-Você deu um belo chute. Ele está se recuperando em alguma cama por ai. -Rimos.

-Foi uma joelhada. -Disse e caminhei para a cozinha.

-Não faz diferença. -Aaron falou me seguindo. -A dor ainda foi forte, por favor, não faça o mesmo comigo. -Rimos. -Me concede essa dança? -Aaron falou quando virei uma dose de Vodka e eu fiz careta, não pelo líquido que desceu rasgando, mas pela ideia de dançar. Ele riu e me puxou pelo braço para próximo a piscina novamente, onde parou e pois as mãos nas minhas cinturas balançando para direita e para esquerda. Ri e passei os braços pelos seus ombros.

Ficamos dançando e rodopiando em meio ao gramado e pedras ali presentes conversando coisas banais como que hoje era lua cheia e que o céu estava lindo ou o quão engraçado é quando alguém está comendo e começa a rir.

Estávamos próximos a piscina quando a música parou. Aaron era divertido. Eu estava gostando daquilo.

-Está na hora de me revelar seu nome. -Ele disse rindo.

-Está na hora de nadar. -Eu falei empurrando ele na piscina, ele não teve tempo de reação, apenas caiu e eu fiquei rindo dele.

Até começar a gritar "não sei nadar" e a se afogar. Droga.

Tirei os saltos rapidamente a bolsinha com os cigarros e pulei próxima a ele quando emergi para o ajudar, ele estava rindo de mim.

-Idiota. -Esbravejei.

-Você tinha que vê sua cara. -Ele disse. -Agora qual o seu nome? -Não sabia o porque não queria fala-lhe meu nome, balancei a cabeça em sinal de negação.

-Você não precisa saber. E se souber vou ter que te matar. -Falei rindo.

Ele se aproximou mais de mim e parecia que toda a graça havia acabo, o clima agora era sério e ele me encarava com um olhar diferente de todos os outros transmitidos até o momento.

Não tinha dúvidas, ele queria me beijar, o sentimentos era recíproco. Eu queria ser beijada por Aaron. Nos aproximamos mais até que a distância entre nossos lábios não existisse mais. Ele me puxou pela cintura com uma das mãos e eu agarrei seu pescoço. Continuávamos a bater os pés para não afundarmos, mas isso não nos atrapalhou em nada.

O caminho até aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora